segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero Billie Joe de volta!!!


Definitivamente odeio quando músicos, cantores e bandas viram ativistas. É, realmente, bonito ver artistas fazerem shows e músicas em pró de uma causa humanitária. Mas isso é uma chateação para seus fãs. Aliás, não apenas uma chateação, é uma "pagação de mico" (porque esses movimentos nunca resolvem de verdade os problemas em questão) e uma forma "elegante" de acabar com a própria carreira - não existe algo tão "très chic" quanto acabar com a carreira ajudando ao próximo.

Acredito que tudo isso começou em 1985, quando uma série de grandes vocalistas, como Ray Charles, Bob Dylan, Michael Jackson, Tina Turner, resolveram formar o "USA for Africa" e gravar o hit "We are the world". E esse pequeno ato deu origem ao Live Aid, que foi um grande evento que reuniu várias bandas que arrecadaram dinheiro para salvar os famintos da Etiópia. Resultado: assista aos noticiários e você verá que ainda existem famintos por lá.

Então, quando todos pensavam que os artistas desistiram, já que não houve resultado, o que eles fazem? Criam outros "Lives", filhotes do Live Aid. A um deram o nome de Live 8, realizado em 2005, com intuito de implorar que o G-8 perdoasse a dívida externa de nações pobres, mas que, como único resultado, obteve a inédita apresentação da banda Pink Floyd com todos os integrantes da formação original - a última vez que isso aconteceu foi 24 anos antes do evento. Ao outro, deram o nome de Live Earth, promovido em 2007, com a intenção de conscientizar a população sobre o aquecimento global. E o que aconteceu? Bem, acredito que meu vizinho demore pelo menos 1 hora embaixo de seu chuveiro que oferece um banho muito quente.

Mas o que mais me irritou dos dois eventos foi o caçula. Sim, o Live 8. Sabe por quê? Porque desde que o Green Day - uma das minhas bandas preferidas; mexeu com eles, mexeu comigo - subiu naquele palco cantando "we are the champions" do Queen, a banda nunca mais foi a mesma. Depois disso começaram a acreditar que eram o próprio "Jessus of Suburbia" e que podiam salvar o mundo. Até com o Bono do U2 eles cantaram. Sabe o que penso sobre o episódio? Uma droga! Cadê a banda que lançou o álbum Dookie, que tinha letras sobre blood, sex and booze, que fazia careta e que falava besteiras aos jornalistas? Sabe, se eu pudesse falar algo para o Billie Joe, diria: "quer ajudar o mundo, ajuda. Só não faça músicas melancólicas e ativistas, pois isso não é Green Day". Quero meu Green Day de volta!



Um comentário:

Manuela disse...

Se eu disser que faz um bom tempo que não ouço as músicas do Green Day e se duvidar a última vez que escutei foi no terceiro colégio, você vai acreditar? ;) Sei lá, ando tão desantenada musicalmente, só no sertanejo, mpb e de vez em quando fico eclética... ALiás, fazia tam,bém um bom tempo que eu não comentava aqui, portanto, VOLTANDO AÀS 'ANTIGAS', começarei a comentar sempre que possível;

beijos