quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Acabooooou! A-C-A-B-O-U!!

A melhor notícia do ano: o último show de Sandy e Junior. Peço desculpas aos fãs da dupla, mas se eu tivesse que agüentar mais um ano escutando os dois, eu enlouqueceria. Sério! Eles se apresentaram durante 17 anos, ou seja, durante quase toda minha existência (e sobrevivência) e mesmo assim não fizeram parte da minha vida. Certo, confesso que eu já cantei inúmeras vezes "Maria Chiquinha" no Karaokê, mas minha relação com eles se limitou a isso.

O meu problema com esses irmãos não são as letras românticas de suas "músicas" - até mesmo porque não vejo diferença entre o que eles e o que Los Hermanos ou Gram (deixando explícito que sou fã destas duas bandas) escreveram. O que repugno é o sonzinho broxante que eles produziam. Eles tinham uma ótima equipe, mas não sabiam aproveitá-la. Aos seus 20 e poucos anos, faziam músicas como se ainda tivessem 15 anos. Músicas chatinhas de escutar e que nem efeitos chiclete tinham. Sim, se a música não é boa, acredito que pelo menos um "efeito chiclete" - que gruda na cabeça e parece que nunca mais vai sair - ela deva causar. O Latino, por exemplo, divulga porcarias seguidas de mais porcarias, mas mesmo assim todo mundo canta. E confesso, prefiro Latino à dupla.

Mas voltando à Sandy & Junior, uma outra coisa que me irritava, profundamente, era a imagem de bons filhos, bons irmãos e boas pessoas, que não tem problemas. Pareciam-me daquele tipo que "o mundo está acabando, mas vamos manter o sorriso para não fazer feio"... quase uma aeromoça. Sorriam sempre, nunca bateram em Paparazzi (esse é um motivo que me faz preferir a Britney Spears) e mesmo nas entrevistas, quando Sandy não deixava seu irmão falar, ele fingia que não ficava irritado (fala sério, tem coisa pior do que não te permitirem dizer algo?).

Mas agora, finalmente, tudo isso acabou! Pelo menos eu espero, já que artista tem uma mania chata de querer reviver os velhos tempos, assim como as Spice Girls. Já que parar de cantar eles não vão, afinal a Sandy tem uma voz linda e seria um desperdício ela parar de cantar, espero que em suas carreiras solo produzam coisa melhor. Algo mais humanizado e menos artificial.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Eu aqui em casa e eles lá sofrendo"

O natal: época de todo mundo ser bonzinho, ganhar presentes e não ficar puto se alguém bater no seu carro. É tão bonito isso! Mas sabe que eu nunca fico muito alegre nesse período do ano? É que desde pequena - como se eu tivesse crescido muitos centímetros - sempre penso na imagem de crianças passando fome, crianças doentes e crianças miseráveis da África. Ficava pensando "poxa, eu aqui em casa e eles lá sofrendo". E depois chorava no banheiro escondida. Mas depois de um tempo me tranqüilizava e fixava na mente que assim que eu fosse mais velha eu ajudaria todas.

O pior aconteceu! Fiquei mais velha e o que faço para ajudá-las? Nada. É vergonhoso dizer isso, mas analisando tudo o que fiz nesses 19 anos (e 20 dias) de vida, percebo que não fiz coisa alguma para ajudar o mundo. Em vez disso, tenho me tornado cada vez mais mesquinha, ambiciosa e egoísta.

E temo para que o pior aconteça. Temo que os anos passem e eu não faça nada. Temo que eu passe todos os dias pensando em mil maneiras de como me tornar mais rica, de ter minha casa maior e mais bonita que a do vizinho e de como extorquir dinheiro do meu ex-marido - nem casei e já penso em "ex"... penso grande. Temo que eu veja o mundo acabando e depois, prestes a ter o sonho eterno (profundo, né?!), perceba que de todos os inúteis eu fui a maior.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vamos brincar de fazer burrices


Engraçado: mulher não é burra, mas gosta de fazer burrices. Sério! Toda mulher sabe que não precisa de muito para conseguir o que quer. Basta ser bonita e sorrir, que qualquer uma consegue acabar com as piores guerras. Mas, ao invés disso, todas preferem correr atrás do impossível e depois ficar comendo caixas e mais caixas de chocolate porque levou um "pé-na-bunda".

E todas são assim desde pequenas. Lembro-me de quando eu tinha uns 3 ou 4 anos e tinha um "namoradinho" do maternal - é, naquele tempo era mais fácil conseguir um namorado. Eu ficava o tempo todo querendo conversar com ele, brincar com ele, mas ele preferia brincar de luta com outros meninos. E o pior, mesmo assim, acho que eu chamei o de namorado até o jardim I (poxa, muito tempo... quase um ano).

Então crescemos, ficamos mais bonitas, mais inteligentes e adquirimos aquilo que chamam de feminismo. Começamos a acreditar que nunca mais vamos correr atrás de homem nenhum. Eles que corram atrás de nós! Aí descobrimos que entre as idéias mais ufanistas, essa é a maior de todas. Não precisa de muito tempo... ele nem precisa ser seu namorado e você já se cadastra no "te fucei" (http://www.tefucei.com/) só pra espionar o orkut dele.

Se a burrice feminina fosse limitada a isso, tudo bem. Mas não. O relacionamento termina, e você compra caixas e caixas de chocolates, assiste a todos os filmes dramáticos e escuta músicas que só vão tocar em velórios de tão depressivas que são. No dia seguinte, um pouco mais calma, você resolve parar e refletir sobre o fim da relação. Então chega a uma conclusão: você foi a culpada de tudo. Como conseqüência, resolve que vai virar outra pessoa, que nunca mais fará isso.

Depois de um mês, possivelmente acontecerá uma das duas coisas: ou você encontrará um outro "cara" e cometerá a mesma burrice, ou correrá atrás do mesmo e vai ver que você é uma "besta", porque ele já te esqueceu. Viu?! Viu?! Viu?!Por que fazemos essa besteira? Em pleno século XXI, com o feminismo exacerbado, gostamos de brincar de fazer burrices.

[Não, esse texto não é pessoal! Escrevi depois de ler o http://www.muleburra.com/ e concluir que se um dia você não fez isso, ou é porque fará, ou então, nesse exato momento,você deve correr a um psiquiatra, pois seu caso é grave]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ou chama o Rei da Espanha ou Pasquale para presidente

Eu pensei em não comentar sobre o caso - até mesmo por está um pouco desatualizado e porque odeio partidos políticos (o que não significa que eu não goste de política) -, mas o assunto tem me irritado muito. Enfim, acabou que resolvi escrever sobre o estúpido e inútil comentário de FHC, feito durante um encontro dos membros PSDB. O ex-presidente declarou que "aqui tem acadêmicos, não temos vergonha disso. Aqui tem quem fala e bem a nossa língua e nos orgulhamos disso. Há brasileiros que ainda não sabem bem falar a nossa língua. Tem gente que despreza a educação, a começar pela própria".

É, ele poderia permanecer calado. Mas não, em vez disso preferiu fingir que é Silmara e falar tudo que vem a mente. Entendo que esse foi um jeito (in)direto de criticar o atual governo. Mas, meu querido acadêmico, como o senhor ousa mencionar tão besta frase num país que nem você, assim como nosso molusco, não conseguiu melhorar o ensino? E desde quando para bem administrar algo eu tenho que ter um diploma pendurado na minha parede ou saber fazer o uso correto do português (sei que todos deveriam proferir irrepreensivelmente sua própria língua, mas, como diria minha ex-professora de história, Selma, isso só acontece em "um país normal, com pessoas normais"... e esse não é o caso do Brasil)? Se fosse assim, sugiro que nas próximas eleições lancem o Professor Pasquale como candidato à presidência.

Outro exemplo, ainda que não seja um dos melhores, como prova de que diploma não é sinônimo de bom governo é Adolf Hitler. Sim, Hitler. Ele não cursou universidade alguma e... bem, não preciso mencionar tudo o que ele fez, "né"?!

Por tanto vai uma dica, meu caro acadêmico, da próxima vez que tentar promover os Ramphastidaes, por favor, seja menos Silmara e fique calado. Caso contrário, chamaremos o Rei da Espanha para que ele te ensine a mesma lição que este tentou ensinar ao Huguinho.