segunda-feira, 3 de novembro de 2008

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Fim do pesadelo

Ufa! As eleições acabaram. Já não agüentava mais o sufoco que era driblar entregadores de panfletos, escutar de um lado um dizendo "vote nesse", do outro "vote naquele", papéis espalhados pela cidade, adesivinhos feios, bandeiradas inusitadas no meio da rua - sim, bandeiradas... sabe aquelas pessoas que seguram a bandeira enorme do candidato bem no meio da rua?, pois é, eles esquecem que aquele objeto é pesado e ficam balançando como se não tivesse alguém passando na rua.
Isso fez parte da minha rotina nesses últimos meses. Assim que eu saia do metrô, pelo menos três pessoas do partido de esquerda tentavam me entregar aqueles santinhos e caderninhos com a proposta da candidata X. Eu para não ter que carregar aquilo, dizia: "não, muito obrigada, mas eu apóio a direita". Caminhava mais um pouco e novos seres apareciam. Dessa vez a propaganda era da direita, mas as tralhas eram as mesmas. E eu dizia: "não, muito obrigada, mas eu apóio a esquerda".

E quando eu estava quase lá, dentro da universidade, surgiam as aterrorizantes moças de bonés, cabelos presos, calças justas e camisas largas defendendo seu partido. Mas elas não eram temidas por isso, mas por suas medonhas e apavorantes bandeiras. Mexiam-nas de um lado para o outro de modo violento. Sem nenhum repouso, nenhum momento para descanso. Eu, para fugir da apavorante arma, tentava usar todos meus recursos de defesa, que iam desde caderno de dez matérias à bolsa enorme com materiais pesados. Isso exigia muita habilidade mental e física. Quase sempre dava certo. Isso mesmo, quase! Pois um dia me acertaram a cabeça.

Depois de passar pelo sufoco, finalmente entrava na universidade. Na hora da volta para casa, nenhum desses obstáculos me aparecia. Entretanto, quando chegava a minha rua, surgiam pequenas quantidades de papéis espalhados pelo chão. A cada dois metros eles aumentavam em progressão geométrica. Pareciam apenas papéis, mas não! Era mais publicidade política.

Mas aí chegou o segundo turno. O pesadelo acabou. Agora só em 2010.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A primeira vez...


Desde pequenina vou com minha mãe votar. Mesmo na época que não existia a urna eletrônica e tinha aquele papelzinho, eu já ia para o local de votação. Era legal pegar fila, vê-la marcando "x" e depois colocar a cédula na caixa. Bem, assim que chegaram as máquina de votar, permaneci acompanhando tal processo eleitoral. A diferença é que desde então eu apertava os botões para presidente ou prefeito.

Mas esse ano foi diferente! Eu finalmente tirei meu título de eleitor em 2007, e ontem assinei aquela lista. Depois fui atrás da urna. Votei no meu candidato a vereador. Votei no meu candidato a prefeito. Apertei "confirmar". E sai de lá feliz.

Nunca vou me esquecer desse 5 de outubro. Ainda mais porque toda primeira vez tem que ser marcada por algo não muito convencional. E a minha foi marcada pela presença de um senhor bêbado. Logo que ele entrou já chamava a atenção: alcoolicamente alterado em dia de eleição.

Abaixou para assinar a lista. Esqueceu-se como escrevia o próprio nome. Entregou os documentos ao mesário. Depois os pedia de volta e disse que não era para roubá-los. Foi para atrás da urna. Apertou um número que tinha em um santinho que o mesário entregou. Depois votou para prefeito. Depois de ter apertado confirmar, olhou para o mesário que o ajudara e questionou: "eu não vou votar para vereador"? O assistente com sorriso amarelo afirmou que ele já tinha votado. Enquanto isso uma mesário comentava com seu colega: "é, depois fica durante quatro anos com a abelha no ouvido".

domingo, 28 de setembro de 2008

Não, minha casa não está a venda!

Sabe o dia que a única coisa que você quer é comer um chocolate? O dia que o cobertor é seu melhor amigo, o filme romântico de final infeliz é perfeito e pijama é roupa mais elegante que você consegue imaginar? Aí, você, que nunca deu uma olhada no maldito horóscopo, resolve passar o olho por cima dele e nele está escrito algo como "você terá um péssimo dia, sem sorte no jogo e pior ainda no amor".

Depois para. Respira fundo. Olha-se no espelho. Respira fundo novamente. Então seu rosto fica com uma expressão sofrida, a história desgraçada da sua vida passa pela sua cabeça e lágrimas saem de seus olhos. Em seguida você abraça seu urso - sim, aquele urso bobo e cheio de bactéria que você ganhou com 8 anos de idade -, pega seu mp3 escuta músicas que questionam o porquê da vida ser assim, a lua está tão distante do sol, nem todos terem um amor para a vida toda e que levar um tiro é melhor que sofrer de amor.

Então você para. Respira fundo mais uma vez. Olha o celular. Percebe que ninguém te liga; ninguém te mandou mensagem. E chora novamente. Pensa em jogá-lo pela janela, mas uma voz interior diz "não jogue, você pode acertar a cabeça de alguém que está passando na rua". E você não joga.

Aí resolve assistir um programa desses que ninguém gosta, e que além de você, apenas a mãe do apresentador o assiste. Pelo primeiro segundo do dia você esquece a sua desgraça. E continua assistindo. Dá até um sorrisinho. Continua assistindo. E esquece por que estava triste. Volta a dar mais uns sorrisinhos. De repente o telefone toca é um cara que pergunta se sua casa está a venda. E você reponde “não”. Mas ele insiste em questionar se sua casa realmente está a venda. E você diz, já exaltado, que NÃO, e por isso desliga o telefone sem se despedir. Pronto, agora você não tem mais tristeza, mas raiva!

sábado, 6 de setembro de 2008

Não vi Pelé... mas vi o telefone

"Tudo o que é sólido se desmancha no ar". Essa frase de Marx não sai da minha cabeça. Também, lendo um livro com esse título, creio que por um bom tempo vou me lembrar dessa sentença. Mas outro motivo não me faz parar de pensar nisso: no futuro, estamos ferrados.

Nós, não! Nossas ilustres criações. E isso me deixa com certo medo. Na verdade não é medo, e sim certa nostalgia. Já parou para pensar que, possivelmente, em menos de um século, o telefone será banido? Sim, porque pense comigo: para que vai servir um telefone – esse aparelho grande e limitador -, se eu poderei ter um celular que é câmera, televisão, MP3, computador, blá, blá e blá?

Só de pensar que esse pobre aparelho residencial vai sumir, acaba com certa parte de minha vida. Lembro quando meus pais colocaram telefone em casa. Eu tinha 7 anos. Antes não o tínhamos porque moravamos perto dos meus avôs e do resto da família. Minha escola era grudada à casa dos pais de meu pai. Se alguém quisesse falar conosco, era só ir lá em casa, porque todo mundo sabia onde residíamos. Tudo era junto. Era quase uma aldeia indígena. Além do mais, tinha um orelhão em uma das esquinas da rua - nessa época não tinha o cartão telefônico, ainda usávamos fichas telefônicas.

Porém uma hora as pessoas começam a mudar para longe. Aquele vizinho, com quem contávamos para uma situação de emergência, já não podia mais estar presente. Minha mãe tinha enjoado da vida de dona de casa e resolveu voltar a trabalhar. Tudo foi se distanciando, e aí não tivemos outra escolha. Recorremos ao telefone! E para mim aquilo foi um dos acontecimentos mais surpreendentes de minha vida.

Na época eu não usava muito, eu era só uma criança. Entretanto, anos mais tarde, lá na minha pré-adolescência, comecei a usá-lo constantemente. Passava mais de 4 horas sem parar de falar. Toda sexta-feira era uma ordem telefonar depois de Malhação e desligar antes do Globo Repórter. Isso quando não tinha ligações especiais, e passava mais de ¼ do dia falando e falando.

Eu falava tanto, que, quando deixei de viver em casa e fui para apartamento, minha mãe decidiu não colocar telefone, e por isso, eu juntei dinheiro e comprei meu primeiro celular. Foram mais de dois anos sem aquele aparelhozinho. E ela só resolveu devolvê-lo quando mudamos novamente de residência. Porém eu já tinha descoberto a eficiência do celular e do MSN.

E hoje eu mesma contribuo para o fim do pobre coitado do telefone. Entretanto, daqui uns anos, quando eu tiver na minha cadeira de balanço com meus bisnetos, e estes me perguntarem "o que é telefone? a senhora já viu um?", responderei: "não vi Pelé jogando, nem vi ao vivo o show da Madonna, mas vi o telefone".

terça-feira, 22 de julho de 2008

Me chamo Gildosmar

Assim que criei o blog não sabia como nomeá-lo. Foi uma das decisões mais difíceis que tomei em relação a este. Eu tinha um nome em mente, que já não me recordo qual era, mas alguém pensou nele antes e colocou em seu respectivo blog. Devido a isto passei o dia inteiro tentando mentalizar algo bom, porque blog é como nome de filho: se você não refletir sobre sua graça, corre o risco de chamá-lo de "Gildosmar" durante toda sua vida - peço desculpas se sua mãe te colocou esse nome, mas a culpa não é minha... potanto culpe-a.

Eu queria um nome que fizesse sentido. Um nome que dissesse muita coisa. Um nome que mesmo que fosse idiota, significasse algo amplo. Na época eu ainda sofria efeitos de um bom livro que acabara de ler: Abusado, obra de Caco Barcellos. O livro conta a história de Juliano VP e o morro carioca Dona Marta. E durante o livro o personagem dizia uma frase que traduzia a vida dele, "o lado certo da vida errada".
Vida errada para VP era a vida do crime. Mas reflita sobre o que significa "vida errada" em si. Todos têm uma vida errada. Todos! Se certa ela fosse, viria com um manual de instruções. Não há no mundo quem realmente seja certo. Tentamos acertar, acabamos errando e fazemos a vida errada. E foi por isso que escolhi esse nome para o blog em vez de Gildosmar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Na festa estranha não tem lei seca

Creio que a Lei 11.705, vulgo lei seca, só foi estabelecida apenas na capital paulista, porque ao seu redor... a "coisa" é bem diferente. Com o perdão da piada sem graça, diria que ela está bem molhada! A exemplo disso está a Estrada dos Romeiros, a SP-312, que liga Cabreúva a Itu. Lá acontece, em todos os finais de semanas, um encontro muito estranho, o mais interessante que já vi. Imagine uma rave unida a uma micareta com pitada da Festa do Peão de Americana e um pouco de Calypso. Pois é, foi algo assim que presenciei.

Eram 14h e eu passava por lá de carro. E por lá havia pelo menos 50 carros. A maioria com o som ligado. Cada veículo com um som distinto dos demais. Tinha tudo que era tipo de gente, da garota fã de psy ao corno fã de Reginaldo Rossi. Algumas famílias com crianças bem pequenas também compunham a "paisagem". Todos ali tinham uma churrasqueira improvisada. E sabe o que mais todos tinham em comum? Garrafas de 51 e Vodka, litros de cerveja e seus respectivos motoristas provavelmente bêbados.

Parei por lá durante meia-hora, pois lá tem uma pequena gruta para ser vista e que dá acesso a uma área que permite a visão das belezas naturais do lugar - tá, eu sei que você achou que eu fiquei lá por este período para admirar a festa mais estranha do mundo. Um morador da região foi perguntado se aquilo acontecia sempre. Disse que sempre acontecia, mas naquele dia (20 de julho de 2008) tinha um pouco mais de movimento do que o normal devido à presença dos romeiros.

Olha, nem em micareta "rola" tanta bebida quanto na Estrada dos Romeiros. E o pior - ou "melhor" se você for um romeiro ou um dos outros freqüentadores - é que não há policiais com sensor de álcool. E isso só pode dar em algo nada bom, veja a equação:

vodka + 51 + litros de cerveja + carro + estrada estreita (sim, esqueci de falar que a estrada é um pouco estreita) + motorista bêbado - polícia = merda

Sim, merda! Assim que passou a minha meia-hora de observação da vista, eu segui para Itu e quase presenciei dois acidentes. O primeiro foi um carro que tinha acabado de capotar. Felizmente ninguém se feriu, entretanto o carro ficou sem os vidros, totalmente amassado. O segundo foi uma moto que não sei ao certo o que aconteceu, mas as duas pessoas que a ocupavam estavam desmaiadas no chão. E isso tudo aconteceu em menos de uma hora. Viva a lei molhada!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quem liga para o fim do jovem Campos

O mundo está cheio de ironia! Já reparou? Madonna – sim, a diva –, que teve como base de criação o catolicismo, lançou em 1989 o videoclip "Like a Prayer", do álbum homônimo, que era uma crítica à igreja. Mussolini, que foi redator-chefe de um jornal esquerdista, em 1922, organizava a Marcha sobre Roma. Marcos Paulo Rodrigues Campos, que ansiava fazer 18 anos para ingressar no exército, foi morto, em 14 de junho, por traficantes do morro rival ao que residia, após ser entregue por militares.

Mas quem liga para o fim do jovem Campos, afinal ele era pobre, negro, morava no Providência, não tinha futuro, devia ser mais um ladrãzinho do Rio de Janeiro... tanto faz, era só mais um. Acredito que assim pensava Vinicius de Moraes Andrade, o tenente que entregou o rapaz aos traficantes do Mineira. Não só este, mas também dois outros: David Wilson Florêncio da Silva e Wellington Gonzaga da Costa Ferreira.

Contudo Campos não era mais um. Até onde se sabe ele era um bom garoto, assim como outros de sua idade. Gostava de futebol, de namorar. Ajudava a mãe no sustento da família.

Entretanto creio que o tenente Vinicius nunca entenderá isso. Por vaidade, ele desacatou a ordem de seu capitão e não soltou os três jovens. Optou por dar um "pequeno castigo" neles. Mesmo os três implorando pra não serem entregues, pois o fim era óbvio, o tenente estendeu uma das mãos a um dos traficantes do morro inimigo, disse "valeu" e deu as costas.

Orkut do tenente Vinicius: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=11782201942911285189

quarta-feira, 12 de março de 2008

Se cair, caiu!



Durante um bom tempo achei que não sabia mais escrever. Besteira! Existem coisas que a gente nunca esquece como, por exemplo, escrever. Escrever é como andar de bicicleta: seja o que deus quiser depois do primeiro empurrão: se cair, caiu. Se o texto não fluir, paciência.

Lembro-me de meu primeiro "grande texto". Na verdade não era grandioso, mas foi o meu primeiro com mais de duas linhas. Era sobre saudades e lembranças. Como eu não tinha muita noção do que é saudade e nem do que é lembrança (afinal eu só tinha 7 anos, e com essa idade nenhum ser humano tem história para contar ― com exceções, claro, como Michael Jackson que com apenas 5 anos já era um Jackson Five... com 5 anos o máximo que eu sabia fazer era assobiar), resolvi inventar. Criei uma história que incluía tradições não existentes, mas com personagens reais. Até que era comovente. Não lembro se minha professora gostou. Mas eu gostei! E acredito que foi isso foi o mais importante.

Anos depois fiz um outro grande texto. E esse realmente era um grande texto. Fiquei tão orgulhosa que mostrei para todos que apareciam em minha frente. Todos gostaram. Pensando agora, não sei se realmente gostaram, ou disseram que gostaram para me agradar. Enfim, eu gostei do texto. Porém a corretora de redação não gostou, ela disse que eu fugi do tema. Mas e daí? O que importa é que para mim era um grande texto.

Pouco tempo depois, eu não tinha feito um texto grandioso, mas precisava fazê-lo. O caso era que teria o "Talentos" ― um livro composto com os melhores textos de alunos do colégio que estudei ― e eu iria participar. Passou uma semana e nada. Nenhuma idéia. Achei que havia desaprendido escrever. Mas nos 45 minutos do segundo tempo: eureka! Não sei como escrevi. Foi um texto que também achei grandioso. E o melhor: o colégio achou grandioso! E meu texto entrou no livro.

E há pouco eu, novamente, achava que havia desaprendido a escrever, mas vejo que não. Não diria que esse texto faça parte da minha galeria de textos grandiosos, entretanto é um bom jeito de voltar a escrever.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero Billie Joe de volta!!!


Definitivamente odeio quando músicos, cantores e bandas viram ativistas. É, realmente, bonito ver artistas fazerem shows e músicas em pró de uma causa humanitária. Mas isso é uma chateação para seus fãs. Aliás, não apenas uma chateação, é uma "pagação de mico" (porque esses movimentos nunca resolvem de verdade os problemas em questão) e uma forma "elegante" de acabar com a própria carreira - não existe algo tão "très chic" quanto acabar com a carreira ajudando ao próximo.

Acredito que tudo isso começou em 1985, quando uma série de grandes vocalistas, como Ray Charles, Bob Dylan, Michael Jackson, Tina Turner, resolveram formar o "USA for Africa" e gravar o hit "We are the world". E esse pequeno ato deu origem ao Live Aid, que foi um grande evento que reuniu várias bandas que arrecadaram dinheiro para salvar os famintos da Etiópia. Resultado: assista aos noticiários e você verá que ainda existem famintos por lá.

Então, quando todos pensavam que os artistas desistiram, já que não houve resultado, o que eles fazem? Criam outros "Lives", filhotes do Live Aid. A um deram o nome de Live 8, realizado em 2005, com intuito de implorar que o G-8 perdoasse a dívida externa de nações pobres, mas que, como único resultado, obteve a inédita apresentação da banda Pink Floyd com todos os integrantes da formação original - a última vez que isso aconteceu foi 24 anos antes do evento. Ao outro, deram o nome de Live Earth, promovido em 2007, com a intenção de conscientizar a população sobre o aquecimento global. E o que aconteceu? Bem, acredito que meu vizinho demore pelo menos 1 hora embaixo de seu chuveiro que oferece um banho muito quente.

Mas o que mais me irritou dos dois eventos foi o caçula. Sim, o Live 8. Sabe por quê? Porque desde que o Green Day - uma das minhas bandas preferidas; mexeu com eles, mexeu comigo - subiu naquele palco cantando "we are the champions" do Queen, a banda nunca mais foi a mesma. Depois disso começaram a acreditar que eram o próprio "Jessus of Suburbia" e que podiam salvar o mundo. Até com o Bono do U2 eles cantaram. Sabe o que penso sobre o episódio? Uma droga! Cadê a banda que lançou o álbum Dookie, que tinha letras sobre blood, sex and booze, que fazia careta e que falava besteiras aos jornalistas? Sabe, se eu pudesse falar algo para o Billie Joe, diria: "quer ajudar o mundo, ajuda. Só não faça músicas melancólicas e ativistas, pois isso não é Green Day". Quero meu Green Day de volta!



segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Fugindo da polícia, atropelando o mundo e desejando o bem

Pesadelos sempre me incomodaram! Isso é desde quando eu era criança (eu era?). Lembro-me de um sonho em que eu era uma assassina e que fugia para uma loja de brinquedos para a polícia não me pegar. Não deu outra: durante uma semana eu não passei perto de lojas de brinquedo com medo.

Também teve uma vez que sonhei que meu pai me deu um carro de presente de aniversário de 11 anos. Peguei o carro, atropelei todo mundo e, no fim do pesadelo, fui assaltada. Resultado: nunca pedi um carro de presente para o meu pai - e pretendo não pedir, já que a resposta dele vai ser "não".

E quando achei que essa paranóia tinha acabado - afinal, tenho 19 anos, "duh" - o que me acontece? Dia 3 de janeiro, pensei que ia deitar e dormir tranquilamente. Mas não, estava completamente errada. Deitei, dormi e sonhei que desejei um mal tão grande a uma pessoa e, como conseqüência, meus olhos ficaram inchados e vermelhos. Quanto mais eu desejava o mal, meus olhos pioravam. Pioraram a ponto de sangrarem.

Já faz 4 dias que acordei do pesadelo, mas mesmo assim estou tentando fazer uma "auto-lavagem-cerebral" para ver se tenho pensamentos positivos e não desejar, nunca mais, mal algum a essa pessoa - semana passada eu estava desejando que o ser pegasse uma doença que o deixasse bem feio ou que, pelo menos, um ônibus passasse por cima dele.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Promessa de um dia

Chegou 2008! Ano novo! Adoro toda essa tradição de fazer inúmeras promessas para o ano seguinte. É supimpa, do balaco-baco, chuchu beleza. As promessas são cumpridas... pelo menos até meia-noite do dia 1 de janeiro. Depois disso, todo mundo fica de ressaca e já nem lembra o que prometeu fazer nos próximos 364 dias - nesse ano, nos próximos 365.

Tenho um belo exemplo da situação. Bem, no fim de 2007 eu fui ao litoral. E durante a virada de ano, todo mundo em clima de "paz e amor", abraços e alegria com os fogos-de-artifício, um ser olha para seu amigo e diz que em 2008 vai parar de beber. Boa promessa! Pois é, uns dois minutos depois eu o vejo bebendo, sozinho, uma garrafa de espumante. Ainda 1º de janeiro, já 16h, fui à praia e quem vejo por lá? Sim, o ser que fez a promessa, com uma diferença: agora ele estava de ressaca. Exemplo mais direto... impossível.

É claro, talvez eu tenha feito uma interpretação errada. Pode ser que ele tenha esquecido de completar a frase e por isso eu achei que ele prometeu não entornar, quando na verdade ele disse "vou parar de beber água". Mas se minha interpretação estiver correta, ele é a prova viva de que promessas de virada de ano não são cumpridas.