terça-feira, 22 de julho de 2008

Me chamo Gildosmar

Assim que criei o blog não sabia como nomeá-lo. Foi uma das decisões mais difíceis que tomei em relação a este. Eu tinha um nome em mente, que já não me recordo qual era, mas alguém pensou nele antes e colocou em seu respectivo blog. Devido a isto passei o dia inteiro tentando mentalizar algo bom, porque blog é como nome de filho: se você não refletir sobre sua graça, corre o risco de chamá-lo de "Gildosmar" durante toda sua vida - peço desculpas se sua mãe te colocou esse nome, mas a culpa não é minha... potanto culpe-a.

Eu queria um nome que fizesse sentido. Um nome que dissesse muita coisa. Um nome que mesmo que fosse idiota, significasse algo amplo. Na época eu ainda sofria efeitos de um bom livro que acabara de ler: Abusado, obra de Caco Barcellos. O livro conta a história de Juliano VP e o morro carioca Dona Marta. E durante o livro o personagem dizia uma frase que traduzia a vida dele, "o lado certo da vida errada".
Vida errada para VP era a vida do crime. Mas reflita sobre o que significa "vida errada" em si. Todos têm uma vida errada. Todos! Se certa ela fosse, viria com um manual de instruções. Não há no mundo quem realmente seja certo. Tentamos acertar, acabamos errando e fazemos a vida errada. E foi por isso que escolhi esse nome para o blog em vez de Gildosmar.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Na festa estranha não tem lei seca

Creio que a Lei 11.705, vulgo lei seca, só foi estabelecida apenas na capital paulista, porque ao seu redor... a "coisa" é bem diferente. Com o perdão da piada sem graça, diria que ela está bem molhada! A exemplo disso está a Estrada dos Romeiros, a SP-312, que liga Cabreúva a Itu. Lá acontece, em todos os finais de semanas, um encontro muito estranho, o mais interessante que já vi. Imagine uma rave unida a uma micareta com pitada da Festa do Peão de Americana e um pouco de Calypso. Pois é, foi algo assim que presenciei.

Eram 14h e eu passava por lá de carro. E por lá havia pelo menos 50 carros. A maioria com o som ligado. Cada veículo com um som distinto dos demais. Tinha tudo que era tipo de gente, da garota fã de psy ao corno fã de Reginaldo Rossi. Algumas famílias com crianças bem pequenas também compunham a "paisagem". Todos ali tinham uma churrasqueira improvisada. E sabe o que mais todos tinham em comum? Garrafas de 51 e Vodka, litros de cerveja e seus respectivos motoristas provavelmente bêbados.

Parei por lá durante meia-hora, pois lá tem uma pequena gruta para ser vista e que dá acesso a uma área que permite a visão das belezas naturais do lugar - tá, eu sei que você achou que eu fiquei lá por este período para admirar a festa mais estranha do mundo. Um morador da região foi perguntado se aquilo acontecia sempre. Disse que sempre acontecia, mas naquele dia (20 de julho de 2008) tinha um pouco mais de movimento do que o normal devido à presença dos romeiros.

Olha, nem em micareta "rola" tanta bebida quanto na Estrada dos Romeiros. E o pior - ou "melhor" se você for um romeiro ou um dos outros freqüentadores - é que não há policiais com sensor de álcool. E isso só pode dar em algo nada bom, veja a equação:

vodka + 51 + litros de cerveja + carro + estrada estreita (sim, esqueci de falar que a estrada é um pouco estreita) + motorista bêbado - polícia = merda

Sim, merda! Assim que passou a minha meia-hora de observação da vista, eu segui para Itu e quase presenciei dois acidentes. O primeiro foi um carro que tinha acabado de capotar. Felizmente ninguém se feriu, entretanto o carro ficou sem os vidros, totalmente amassado. O segundo foi uma moto que não sei ao certo o que aconteceu, mas as duas pessoas que a ocupavam estavam desmaiadas no chão. E isso tudo aconteceu em menos de uma hora. Viva a lei molhada!