quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Acabooooou! A-C-A-B-O-U!!

A melhor notícia do ano: o último show de Sandy e Junior. Peço desculpas aos fãs da dupla, mas se eu tivesse que agüentar mais um ano escutando os dois, eu enlouqueceria. Sério! Eles se apresentaram durante 17 anos, ou seja, durante quase toda minha existência (e sobrevivência) e mesmo assim não fizeram parte da minha vida. Certo, confesso que eu já cantei inúmeras vezes "Maria Chiquinha" no Karaokê, mas minha relação com eles se limitou a isso.

O meu problema com esses irmãos não são as letras românticas de suas "músicas" - até mesmo porque não vejo diferença entre o que eles e o que Los Hermanos ou Gram (deixando explícito que sou fã destas duas bandas) escreveram. O que repugno é o sonzinho broxante que eles produziam. Eles tinham uma ótima equipe, mas não sabiam aproveitá-la. Aos seus 20 e poucos anos, faziam músicas como se ainda tivessem 15 anos. Músicas chatinhas de escutar e que nem efeitos chiclete tinham. Sim, se a música não é boa, acredito que pelo menos um "efeito chiclete" - que gruda na cabeça e parece que nunca mais vai sair - ela deva causar. O Latino, por exemplo, divulga porcarias seguidas de mais porcarias, mas mesmo assim todo mundo canta. E confesso, prefiro Latino à dupla.

Mas voltando à Sandy & Junior, uma outra coisa que me irritava, profundamente, era a imagem de bons filhos, bons irmãos e boas pessoas, que não tem problemas. Pareciam-me daquele tipo que "o mundo está acabando, mas vamos manter o sorriso para não fazer feio"... quase uma aeromoça. Sorriam sempre, nunca bateram em Paparazzi (esse é um motivo que me faz preferir a Britney Spears) e mesmo nas entrevistas, quando Sandy não deixava seu irmão falar, ele fingia que não ficava irritado (fala sério, tem coisa pior do que não te permitirem dizer algo?).

Mas agora, finalmente, tudo isso acabou! Pelo menos eu espero, já que artista tem uma mania chata de querer reviver os velhos tempos, assim como as Spice Girls. Já que parar de cantar eles não vão, afinal a Sandy tem uma voz linda e seria um desperdício ela parar de cantar, espero que em suas carreiras solo produzam coisa melhor. Algo mais humanizado e menos artificial.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Eu aqui em casa e eles lá sofrendo"

O natal: época de todo mundo ser bonzinho, ganhar presentes e não ficar puto se alguém bater no seu carro. É tão bonito isso! Mas sabe que eu nunca fico muito alegre nesse período do ano? É que desde pequena - como se eu tivesse crescido muitos centímetros - sempre penso na imagem de crianças passando fome, crianças doentes e crianças miseráveis da África. Ficava pensando "poxa, eu aqui em casa e eles lá sofrendo". E depois chorava no banheiro escondida. Mas depois de um tempo me tranqüilizava e fixava na mente que assim que eu fosse mais velha eu ajudaria todas.

O pior aconteceu! Fiquei mais velha e o que faço para ajudá-las? Nada. É vergonhoso dizer isso, mas analisando tudo o que fiz nesses 19 anos (e 20 dias) de vida, percebo que não fiz coisa alguma para ajudar o mundo. Em vez disso, tenho me tornado cada vez mais mesquinha, ambiciosa e egoísta.

E temo para que o pior aconteça. Temo que os anos passem e eu não faça nada. Temo que eu passe todos os dias pensando em mil maneiras de como me tornar mais rica, de ter minha casa maior e mais bonita que a do vizinho e de como extorquir dinheiro do meu ex-marido - nem casei e já penso em "ex"... penso grande. Temo que eu veja o mundo acabando e depois, prestes a ter o sonho eterno (profundo, né?!), perceba que de todos os inúteis eu fui a maior.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Vamos brincar de fazer burrices


Engraçado: mulher não é burra, mas gosta de fazer burrices. Sério! Toda mulher sabe que não precisa de muito para conseguir o que quer. Basta ser bonita e sorrir, que qualquer uma consegue acabar com as piores guerras. Mas, ao invés disso, todas preferem correr atrás do impossível e depois ficar comendo caixas e mais caixas de chocolate porque levou um "pé-na-bunda".

E todas são assim desde pequenas. Lembro-me de quando eu tinha uns 3 ou 4 anos e tinha um "namoradinho" do maternal - é, naquele tempo era mais fácil conseguir um namorado. Eu ficava o tempo todo querendo conversar com ele, brincar com ele, mas ele preferia brincar de luta com outros meninos. E o pior, mesmo assim, acho que eu chamei o de namorado até o jardim I (poxa, muito tempo... quase um ano).

Então crescemos, ficamos mais bonitas, mais inteligentes e adquirimos aquilo que chamam de feminismo. Começamos a acreditar que nunca mais vamos correr atrás de homem nenhum. Eles que corram atrás de nós! Aí descobrimos que entre as idéias mais ufanistas, essa é a maior de todas. Não precisa de muito tempo... ele nem precisa ser seu namorado e você já se cadastra no "te fucei" (http://www.tefucei.com/) só pra espionar o orkut dele.

Se a burrice feminina fosse limitada a isso, tudo bem. Mas não. O relacionamento termina, e você compra caixas e caixas de chocolates, assiste a todos os filmes dramáticos e escuta músicas que só vão tocar em velórios de tão depressivas que são. No dia seguinte, um pouco mais calma, você resolve parar e refletir sobre o fim da relação. Então chega a uma conclusão: você foi a culpada de tudo. Como conseqüência, resolve que vai virar outra pessoa, que nunca mais fará isso.

Depois de um mês, possivelmente acontecerá uma das duas coisas: ou você encontrará um outro "cara" e cometerá a mesma burrice, ou correrá atrás do mesmo e vai ver que você é uma "besta", porque ele já te esqueceu. Viu?! Viu?! Viu?!Por que fazemos essa besteira? Em pleno século XXI, com o feminismo exacerbado, gostamos de brincar de fazer burrices.

[Não, esse texto não é pessoal! Escrevi depois de ler o http://www.muleburra.com/ e concluir que se um dia você não fez isso, ou é porque fará, ou então, nesse exato momento,você deve correr a um psiquiatra, pois seu caso é grave]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ou chama o Rei da Espanha ou Pasquale para presidente

Eu pensei em não comentar sobre o caso - até mesmo por está um pouco desatualizado e porque odeio partidos políticos (o que não significa que eu não goste de política) -, mas o assunto tem me irritado muito. Enfim, acabou que resolvi escrever sobre o estúpido e inútil comentário de FHC, feito durante um encontro dos membros PSDB. O ex-presidente declarou que "aqui tem acadêmicos, não temos vergonha disso. Aqui tem quem fala e bem a nossa língua e nos orgulhamos disso. Há brasileiros que ainda não sabem bem falar a nossa língua. Tem gente que despreza a educação, a começar pela própria".

É, ele poderia permanecer calado. Mas não, em vez disso preferiu fingir que é Silmara e falar tudo que vem a mente. Entendo que esse foi um jeito (in)direto de criticar o atual governo. Mas, meu querido acadêmico, como o senhor ousa mencionar tão besta frase num país que nem você, assim como nosso molusco, não conseguiu melhorar o ensino? E desde quando para bem administrar algo eu tenho que ter um diploma pendurado na minha parede ou saber fazer o uso correto do português (sei que todos deveriam proferir irrepreensivelmente sua própria língua, mas, como diria minha ex-professora de história, Selma, isso só acontece em "um país normal, com pessoas normais"... e esse não é o caso do Brasil)? Se fosse assim, sugiro que nas próximas eleições lancem o Professor Pasquale como candidato à presidência.

Outro exemplo, ainda que não seja um dos melhores, como prova de que diploma não é sinônimo de bom governo é Adolf Hitler. Sim, Hitler. Ele não cursou universidade alguma e... bem, não preciso mencionar tudo o que ele fez, "né"?!

Por tanto vai uma dica, meu caro acadêmico, da próxima vez que tentar promover os Ramphastidaes, por favor, seja menos Silmara e fique calado. Caso contrário, chamaremos o Rei da Espanha para que ele te ensine a mesma lição que este tentou ensinar ao Huguinho.

domingo, 25 de novembro de 2007

Compre um aparelho e ganhe uma três oitão

Sabe aquela história de "se não pode com eles, junte-se a eles"? Pois é, ela me deu uma grande idéia: as operadoras de celular devem abrir uma sucursal de suas lojas em cada presídio. Já pensou que maravilha? Veja só, as mulheres de presidiários não teriam que colocar aparelhos celulares em suas calcinhas - situação desagradável, deve ser muito incômodo -, já que a cela ao lado é uma loja da operadora "X".

Outro problema resolvido seria o dos coitados dos carcereiros. Pobres carcereiros! Como não é crime entrar com celular na cadeia, caso algum dia fosse flagrado com este, só responderia a um processo administrativo. O que não aconteceria se as operadoras colaborassem.

Também pense nas promoções: coloque crédito hoje e ganhe bônus de R$1000,00 para fazer o trote do seqüestro (em 2005, uma pesquisa apontava que 90% dos celulares lá encontrados serviam para esse fim). E não é só isso, na compra de um aparelho novo, leve três 38 de brinde, ou, se preferir, uma R-15.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Envelhecer não é coisa de tia-velha

Sabe o bom de envelhecer? É que quanto mais velhos ficamos, mais aprendemos; de certo modo aprendemos a enxergar o mundo de um outro ângulo. O envelhecer aqui citado não é aquela coisa de "meu filho, quando você crescer, você vai entender", até mesmo porque isso é tão clichê que parece conversa de "tia-velha" - sem nenhuma ofensa às minhas tias-velhas. Mas algo de dias, semanas, meses. Evoluímos tão rápido, que aquilo que um dia foi o fim da vida, torna-se dias depois a mais engraçadas da história.

Hoje me aconteceu um fenômeno desses (profundo né). Foi simples: cheguei mais cedo da faculdade, dei uma cochilada e quando acordei... Eureca! Tá bom, não foi uma coisa tão rápida, tô mentindo. Na verdade tinha algo me atormentando durante meses. Atormentou tanto, que nem escrever no blog eu conseguia. Quanto mais eu pensava, ou mais triste eu ficava, ou mais enraivecia. A história foi passando, e eu nunca parava para refletir no que aconteceu, o que me fez culpar o mundo, acreditar que se nada foi como queria, a culpa não era minha.

Mas hoje, após essa rápida dormida, que durou apenas 1h e 30 min, me dei conta de que todas as coisas que eu fiz, e que deram certo, aconteceram porque me esforcei. Me dediquei. Se tirei 4,1 na prova de Teoria da Comunicação - valia 5,0 -, não foi porque a professora resolveu fazer caridade, mas porque eu estudei. E para essa minha história problemática foi a mesma coisa. Se não foi do modo que eu queria, foi por falta de esforço. Se não foi como desejava, foi porque sou mimada, egoísta e inflexível (credo, sou um monstro).

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Não é pessimismo... é felicidade.


Sempre penso no conceito de "felicidade". Essa é uma palavra estranha. Ela não tem o mesmo significado para todos, é relativa... depende da cultura, ou da individualidade. Apesar de seu significado amplo, ela é limitada. Sempre acreditei que a felicidade de um começa quando a de outro termina. Sei, parece pensamento pessimista, mas não é. Isso é uma verdade!

Quer ver? Partirei de um exemplo fútil, mas que resume perfeitamente o que digo. Imagine que agora seja uma tarde perfeita e você está com muito dinheiro. Então você resolve ir ao shopping gastar o seu lindo dinheiro naquele tênis que você passou o ano inteiro almejando. Você chega à loja, pede ao vendedor que te traga o tamanho 35 daquele modelo na cor azul. Aí você percebe que a pessoa do lado também pediu aquele modelo, tamanho 35 e na cor azul. Mas até então você fica tranqüilo, pensa "que coincidência, tomara que tenham dois modelos iguais". O vendedor que te atendeu e o que atendeu a outra pessoa voltam. Aí, surpresa! O vendedor da outra pessoa volta com o tênis e o seu com as mãos vazia dizendo "desculpa, mas só havia um modelo daquele, tamanho 35 e na cor azul". Viu? Sua felicidade acabou!

Mas eu acredito que toda infelicidade tenha um lado bom. Pensando pelo lado muito mais fútil da situação, perceba que você não gastou o seu dinheiro e se faz um ano que você desejava o tênis é porque ele está saindo de moda, o que significa que um novo modelo, da mesma marca e ainda mais bonito, será lançado e você será um dos primeiros a comprar.

Agora deixando a futilidade de lado, voltando ao conceito de felicidade, acredito que você tenha entendido porque seu conceito é relativo e limitado. Relativo seria dizer que para um homem-bomba a felicidade é ele explodir e se tornar um mártir, enquanto que para o meu vizinho, que tem uma cultura diferente daquele, felicidade é viver o máximo possível junto de seu cachorro - para mim felicidade é que o seu cachorro, o Dudu, fique mudo. E no que diz à sua limitação, ela possui dois aspectos: o primeiro, como já disse, é a de um começar quando a de outro terminar; segundo é que ela dura um pequeno período, é momentânea, pode durar apenas alguns minutos, umas semanas ou anos. É difícil dizer que ela pode ser eterna, pois o nosso conceito de felicidade muda constantemente.

Quando eu era criança felicidade para mim era ter um cachorrinho, assistir aos "Ursinhos Carinhosos" e comprar doces. Hoje felicidade é ficar longe de cachorros (deu para entender que eu não gosto de cachorro, né), ler o máximo possível e comprar muitas roupas. E provavelmente daqui a alguns anos felicidade será casar, ter filhos (filhos? Um seria muito) e ser profissionalmente bem sucedida. E nesse exato momento felicidade seria terminar esse pequeno texto com um parágrafo decente, que é algo que eu não consigo fazer há tempos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Ainda bem que Kant não conhecia o Google

Depois de ler "resposta à pergunta: o que é esclarecimento?" de Kant, pensei que sorte a dele de não ter vivido no Brasil. Bem, vamos partir início. Immanuel Kant, o Kant, foi um grande filósofo alemão, que, em seu discurso, diz que esclarecimento é o processo que faz o homem sair da menoridade para atingir a maioridade, sendo menoridade a incapacidade de o homem fazer por si mesmo o uso da razão, por ser cômodo ser preguiçoso e covarde, e assim terá sempre alguém pensando por ele. E tratando de ser menor, o brasileiro é bom nisso.

Falo isso, porque muitas vezes prefiro ser menor. E você, como péssimo brasileiro que é, também prefere. Não menosprezo aqui nenhum de nós, mas veja como mesmo fazendo coisas pequenas você é menor. Quantas vezes você, em vez de fazer uma pesquisa profunda sobre determinado assunto e procurar em livros, preferiu acessar ao Google porque é mais fácil encontrar coisas resumidas? Inúmeras vezes, "né".

É por esse motivo que o país é visto por "aí" como o país da festa, da preguiça e miserável. Que adianta reclamarmos dessa visão que outros países têm de nós, se nem coragem de abrir um livro temos. Sei que Kant não falava exatamente sobre esse meu ponto de vista quando falava sobre menoridade. Sei que ele falava sobre política. Mas perceba que se somos assim com pesquisas, somos muito piores quando o assunto é política.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A Jardineira Sorridente


Às 10 horas e 14 minutos da manhã do dia 15 de agosto de 2007, uma quarta-feira, uma senhora de aproximadamente um metro e sessenta, muito sorridente e alegre, rega as flores, limpa os vasos e lava os túmulos do cemitério da Quarta Parada, localizado entre os bairros do Tatuapé, Belém e Mooca, na Zona Leste de São Paulo, junto com um de seus três filhos, Ulisses Ribeiro dos Santos, de 23 anos, rapaz muito tímido e que por isso sempre mantém a cabeça baixa, os braços para trás e que dificilmente mostra um sorriso. Ela cumprimenta todos que passam por ela, mesmo aqueles que não são funcionários do cemitério. Todos parecem gostar muito de sua presença. Essa mulher é Iracema Ribeiro, conhecida como Dona Iracema, de 44 anos, nascida em São Paulo, moradora da Penha. Assim como seu filho, ela pratica esse ato há dez anos.

Durante esse período, Dona Iracema diz já ter visto de tudo. Desde cenas tristes, como foi o enterro de quatro crianças mortas em um acidente, recentemente, às cenas assustadoras, como diz ter sido o dia em que seu filho, Ulisses, viu uma moça muito pálida, com cabelos escuros, vestida de vermelho, com uma expressão sofredora e que acreditam ser um espírito, em cima de um dos Jazigos do cemitério.

Ainda assim, ela não pretende abandonar o serviço de jardinagem, já que se orgulha do que faz. Se não fosse esse emprego, a família não teria como se sustentar, tampouco poderia ajudar com a compra de medicamentos para sua sogra, que não tem uma saúde muito boa. Mas afirma que caso pudesse, ela, que parou de estudar quando cursava a 8ª série do ensino médio, voltaria a estudar e realizaria um sonho de infância que é se tornar advogada. Sua esperança é um de seus filhos, o caçula, que agora cursa a 3ª série do ensino médio, já que Ulisses e o seu filho mais velho não completaram os estudos e por isso trabalham com ela, assim como seu marido. Acredita que um dia ele possa cursar uma universidade. Afirma também, muito sorridente, que ganhar na loteria também seria muito bom, resolveria todos os problemas, e isso seria o único motivo que a faria abandonar seus clientes, alguns com dez anos de fidelidade aos serviços de Dona Iracema.

Assim como outros profissionais de serviços não muito comuns, diz sofrer preconceito da sociedade. Afirma que as pessoas costumam estranhar e caçoar dela quando descobrem sua profissão. Contudo isso não a deixa triste ou se sentindo inferior aos demais. E isso pode ser percebido em seu sorriso.

Aliás, ela não para de sorrir em momento algum. Só diminui o sorriso quando o assunto é o irmão que faleceu há um ano e meio. Mesmo tendo presenciado vários enterros, esse foi o mais doloroso. Seu irmão está enterrado em um outro cemitério da Zona Leste, bem mais humilde, pois a família não tem condições para pagar um túmulo no da Quarta Parada. Mas mesmo que tivesse, não o enterraria ali, pois seria mais difícil trabalhar sabendo que alguém que ela amava, está enterrado próximo ao seu local de trabalho.

Mas Dona Iracema volta a sorrir quando o assunto é seu primeiro neto, de apenas sete meses, filho de seu primogênito. Garante que ele é lindo, um bebê enorme e diz que é a sua maior alegria. Ela acredita que um dia seu neto seguirá o exemplo de seu filho mais novo e poderá concluir, pelo menos, o segundo grau.

E deste modo é Dona Iracema, uma mulher feliz com a sua profissão, tem um imenso orgulho de dizer às pessoas o que faz, visto que trabalhar no cemitério é um emprego tão honesto como outro qualquer. Ela se preocupa com o bem estar da família, é muito simples, não tem grandes ambições, apenas sonha com um futuro melhor para seus filhos e neto. Acredita que há muito para fazer no seu local de trabalho.E mesmo nos momentos mais difíceis, ela consegue sorrir e sorrir muito, pois como ela mesmo diz, "se estamos com saúde e vivendo bem, temos que sorrir para vida".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

regra do seu João e do presidente

Acabei de ler uma notícia sobre o caso "Airbus 320 da TAM", no site do G1 (http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL84863-5601,00.html), que dizia: "O Airbus 319 que transporta o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pode decolar se um dos reversos, ou os dois, estiver 'pinado". Também havia lá uma declaração de Juniti Saito, comandante da Aeronáutica, dizendo que "isso é norma de segurança porque transporta presidente da República".

Vou resumir a matéria. O reverso serve para auxiliar o avião, durante o pouso, a frear . Dizer que o reverso está pinado, é dizer que ele não está funcionando. No país é permitido que aviões pousem com o reverso pinado. Isso faz com que a medida de decolar somente se pelo menos um dos reversores estiver funcionando, é usado apenas em casos considerados importantes, como levar o Lula de um lado para o outro.

O que me assustou, quando li essa matéria, não foi apenas o fato de permitirem que um vôo seja concluído com o reverso pinado, mas como julgam se uma pessoa é ou não importante. O que faz o presidente da república ser mais importante do que as pessoas que estavam dentro do vôo JJ 3054. Antes de ser presidente, ele é um ser humano assim como todos aqueles que foram vítimas do acidente.

Concordo com a declaração do um parlamentar Gustavo Fruet (PSDB-PR), quando diz que "regra tem que ser igual para todos. Se tem alguma medida de segurança, tem que ser igual para o presidente da República e para o Seu João". Sei que ele é da oposição e talvez isso tenha sido dito por diferenças partidárias. Mas independente disto, ele está completamente certo.

Se até Nelson Piquet falhou...

Os seres humanos ainda falham e falham muito. Costumam falhar naquilo em que são expertos. Falham porque todos têm direito de falhar. Até Nelson Piquet falha, ou você não viu que ele teve que voltar para a "escolinha" de direção?

Eu já falhei inúmeras vezes. Sei que falharei milhões de vezes. Sei também que nessas minhas falhas decepciono e decepcionarei muitas pessoas. Pior, decepcionarei pessoas que amo.

Mas uma falha pode ser superada quando percebemos que a fizemos. Pode ser superada quando tentamos concertá-la. Pode ser superada quando temos mais uma chance e aproveitamos essa chance.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Teoria do Caos e minhas férias

Hoje de manhã acordei pensando na "Teoria do Caos". Sabe aquela história de que "o simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo" ("efeito borboleta") ? Então, isso é Teoria do Caos. Bem, conclui que ela me persegue desde o ano passado.

Tudo começou no mês de setembro quando começaram as primeiras inscrições para vestibulares. Inscrevi-me em tudo quanto era faculdade e universidade, mesmo só querendo entrar na Cásper Líbero. Inscrevi-me na PUC, na Metodista, no Mackenzie (magnífico Mackenzie), e até mesmo na USP. Durante o ano, estudei apenas as matérias que mais valiam pontos na prova da Cásper. Eu realmente estava bem preparada.

Bem, chegou novembro. O primeiro vestibular foi o da Metodista. Passei. Mas como não era lá que eu queria estudar, nem fiz minha matrícula. Depois foi Fuvest, eu sabia que não tinha chance alguma. Depois vieram os vestibulares da PUC e do Mackenzie, meu querido Mackenzie. Até que finalmente chegou janeiro de 2007, mês do vestibular da Cásper.

Revisei tudo o que havia estudado. Sentia-me muito preparada para o teste. Chegou o dia. Fiz uma excelente prova. Mas tinha certeza de que minha redação, que valia a metade da prova, tinha sido um desastre.
E realmente foi um desastre. Acertei metade dos testes, mas fui desclassificada devido a minha redação.

Mas hoje eu fico feliz demais. Uma única redação fez com que eu tivesse os melhores dias da minha vida. Entrei no Mackenzie. Fiz grandes amizades. E se não tivesse sido desclassificada, não teria ido ao churrasco do antigo 1ºD. Tampouco teria ido à festa fantasia. E se eu não tivesse ido à festa fantasia, minhas férias não teriam sido tão boa.

terça-feira, 31 de julho de 2007

"Toma jeito, sujeito"

Sempre que chegam as férias, eu assisto o máximo de jornal possível. Assisto ao jornal da madrugada, do meio-dia, da tarde, da noite, da meia-noite. Enfim, tudo que é jornal. E assistindo a esses jornais percebi que avós de jornalistas e cronistas são filósofas. Sério! Já percebeu que sempre no meio de um texto, "Fulano" sempre faz uma citação a sua filósofa avó, falando "como já dizia minha avó 'blá-blá-blá".

E foi pensando nisso, que descobri que dificilmente um texto meu terá uma citação de minha avó. Não que ela seja menos inteligente que a dos outros jornalistas, até mesmo porque acredito que ela seja mais inteligente que a deles - sim, eu sou neta coruja. Mas é que a única frase dela, que eu lembro, é "toma jeito, sujeito".

Ela usa isso a todo o momento. Se alguém fez uma brincadeira, lá vai minha vó, Dona Aida, dizendo "toma jeito, sujeito". Se alguém fez besteira, Dona Aida diz "toma jeito, sujeito". Se alguém foi à padaria, ela fala "toma jeito, sujeito".

Sinceramente, às vezes acho que nem ela entende porquê ela diz tal frase. Eu mesma não entendo. Pode ser que essa frase seja filosófica e eu ainda não percebi. Talvez as avós dos outros jornalistas nem sejam tão filósofas, mas mesmo assim eles conseguem enxergar filosofia nas frases daquelas. É, acho que tenho que buscar o lado filosófico de "toma jeito sujeito", quem sabe esse seja o caminho para ser uma boa jornalista.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

País sem espírito esportivo não merece Pan, não!

Os jogos Pan-Americanos começaram no final de semana (na verdade foi na quinta-feira passada). Legal? Bem, não sei. Na verdade eu nunca tinha assistido a um jogo do Pan e fiquei demasiadamente admirada quando soube que este é o 15º evento (sua primeira realização foi em 1951, em Buenos Aires). Mas isso não importa. O que importa é que esta edição está sendo realizada no Brasil. Muitos diriam que isso é um passo para que algum dia sejamos sede dos Jogos Olímpicos ou da Copa do Mundo. Acho que esses "muitos" estão enganados.

Será que um país que vaia seu presidente em plena Abertura de tal evento - quero deixar bem claro que não apoio o atual governo e concordo que o povo deva mostrar sua insatisfação com este, mas não em dia de Pan - merece ser sede de algo? Será que um país que vaia atletas americanos quando estes sobem ao pódio - mesmo que as vaias tenham sido para o governo americano, o que não tem a ver com os atletas - merecem que o mundo olhe para ele como possível local para jogos Olímpicos?

Acredito que não. Um país que não tem espírito esportivo para eventos "pequenos" - falo “pequeno”, porque o Pan é uma miniatura das Olimpíadas - e não sabe diferenciar Bush de atletas americanos, também não saberá como se comportar em grandes eventos, o que é uma vergonha.

domingo, 8 de julho de 2007

Vidigal como cartão postal



Essa semana o Cristo Redentor - estatua de 30m, localizada a 710m acima do mar e que é uma homenagem a fé carioca - entrou na lista das "sete maravilhas do mundo". Acredito que todos saibam o que seja essa lista, mas não custa nada dizer que ela agrupa as mais importantes construções da humanidade. Bem, voltando ao Cristo, ele entrou nessa lista após ter sido eleito por júri popular.

Apesar de ter sido eleito pelo povo, não acredito que tenha sido uma eleição justa com o país. Olha, eu amo o Brasil, acho o Rio lindo, o Cristo legal, mas não foi merecido. Não mesmo! Já viajou pelo país? Já viu quantas coisas lindas temos? Pra ser bem sincera eu só viajei por uma pequena parte do país, mas foi o suficiente para saber que o Cristo não é a "coisa" - perdão pela palavra - mais linda do Brasil.

Tá, eu sei que o cristo é praticamente o nosso cartão postal, mas tenho certeza de que se o país tivesse como símbolo as praias cearenses, a cidade de Ouro Preto em Minas, ou até mesmo o morro do Vidigal, teríamos mais turistas.

Volto a afirmar: o Cristo legal. Mas, "poxa", perto dos outros monumentos eleitos, ele é mediano. Não acho justo colocar o Cristo na lista, sendo que a Stonehenge, na Inglaterra, é muito mais maravilhosa e magnífica.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A volta das que já se foram

Já viu alguém tentar ressuscitar um morto? Melhor. Já viu alguém tentar ressuscitar o morto e conseguir? Não? Nem eu. Mas as "Spice Girls" sentem-se capacitadas a tal proeza. Bem, tudo começou quando, sem mais nem menos, chamaram a imprensa e disseram: "voltamos".
Será que elas não entendem que é mais fácil ver uma vaca voando do que o grupo "re-acontecer"? Na verdade, é mais fácil acabar com todos os esquemas de corrupção do país do que elas fazerem sucesso.

Elas tiveram o exemplo do "Backstreet Boys", lindos, meigos e que não deu certo. Tentaram de novo, mas era melhor que não tivessem tentado. Não conheço ninguém que tenha comprado o último cd deles. E olha que eles eram "menos" piores que as Spice. Mas acho que a queda deles não foi o suficiente para elas. Vai ver é porque elas são bem parecidas comigo: têm que sentir a queda, pra saber como é ruim.

Tá, eu sei que esse foi um assunto fútil e idiota para colocar aqui, mas é necessário. Poxa, quem nunca escutou Spice Girls que atire a primeira pedra.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Criança feliz

Às vezes é preciso crescer! Sim, é bom ser uma "eterna criança", mas crescer um pouco faz bem. Eu sempre fui uma eterna criança. A pentelha, que brinca com todos e com tudo. E foi de tanto brincar com tudo que acabei esquecendo de crescer um pouco. Tornei-me dependente, irresponsável e imatura.

Não acredita? Pergunte para qualquer um que me conhece desde pequena se tem muita diferença da Silmara de 5 anos e da Silmara de agora. A Silmara de 5 anos chorava quando se perdia dos pais no supermercado ou no shopping. A Silmara de 18 anos chora quando se perde ou quando acha que está perdida. A diferença entre as duas: alguns centímetros de altura.

Viu? Não mudei! Antes essas fossem as únicas coisas em comum entre as duas Silmaras. Mas infelizmente não é. As duas Silmaras não sabem ficar longe dos pais. Não sabem se virar sem suas amigas. Não se esforçam para nada. E, pior de tudo, não têm juízo algum.

Mas agora a Silmara de 18 anos percebeu que a brincadeira já não tem mais graça e tenta levar tudo a sério.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

It´s not Holywood, It´s you tube

A internet é fantástica! Coisas toscas tornam-se "um máximo" em questão de segundos. Impressionante como pessoas que mostram apenas seu quarto no "you tube" conseguem "bombar" na rede. Ou ainda o caso do rapaz que queria fazer o seu cd gospel e que, ao invés de dizer "as árvores somos nós", dizia "as árveres somos nozes".

Ah, não! Não falo dessas coisa que viram populares com tom irônico. Eu realmente acho incrível. Sou viciada nesse vídeo de as "árveres somos nozes", e também de outros como o do tio que não queria pagar a prostituta, o da dona Sônia que não consegue pronunciar o simples endereço de um site e o do Jeremias, que se pudesse matava mil.

Esses vídeos são incríveis não devido à sua qualidade de imagem ou por simbologias contidas em filmes holywoodianos. Mas por serem simples, não serem forçado e por fazerem pessoas normais - tá certo, nem tão normais - tornarem-se celebridades do dia para noite, que antes era apenas mérito dado à grandes atores de novelas das oito ou à BBB. Hoje, não precisa de muito, basta que alguém faça uma besteira na frente de uma câmera, coloque-a na rede e pronto: temos a mais nova celebridade do momento!

Por falar em celebridade do momento, lembro da primeira vez que tive acesso ao "you tube" e me deparei com o vídeo "confissões de um emo". Ri muito! Fiquei pesquisando para saber quem era o garoto que fez o vídeo. Bem, encontrei. O nome dele é Guilherem Zaiden. Não sei se quando ele colocou aquele vídeo a intensão dele era ficar famoso, mas tenho certeza que ele tinha intensão de torna-se o assunto de uma conversa de amigas. Sim , durante uma semana eu não parava de dizer o nome dele! Era Guilherme Zaiden para lá... Guilherme Zaiden para cá. Perecebe como é incrível? Um dia ele era só mais um e hoje, pelo menos para mim, ele é "O" Guilhereme Zaiden.

Por isso, celebridades "globais" tomem cuidado, se quiserem ser eternamente uma celebridade, apareçam na internet. Virar celebridade pela televisão? Coisa do passado!

Não mata e não engorda

Hoje eu estava assistindo televisão - coisa que eu não fazia há muito tempo -, e estava passando um assunto que eu acho muito importante: a primeira visita ao ginecologista. Não é por causa do programa que estou colocando o assunto em debate. Na verdade, já fazia um certo tempo que eu queria colocar isso aqui, porque esse realmente é um assunto importante.

Conheço muitas garotas de 18 anos que nunca foram ao ginecologista. Parte delas acham que não precisam ir a um, pois já tiveram aula de "educação sexual" no colégio e apenas isso basta. Eu sei que as aulas de educação sexual são importantes, ajudam a tirar algumas dúvidas. Mas que não dá para tirar todas, com certeza não dá! Imagine a cena: uma menina está com sérias dúvidas sobre sexo, aí no meio da aula ela resolve levantar o braço e dizer a dúvida ao professor. Com certeza, metade da sala vai se segurar para não rir da coitada - confesso, eu sou um dos que me seguraria para não rir. Bem, e devido a isso é que garota nenhuma consegue tirar todas as dúvidas sobre sexo durante a orientação dada no colégio.

E, também, é devido a isso que, somente na cidade de São Paulo, cerca de 81 adolescentes dão a luz em um ÚNICO dia - perdão pelo pleonasmo - e 607 mulheres adquiriram o vírus da AIDS no ano passado.

Por isso garotas, por favor: vão ao ginecologista! Não mata (na verdade até ajuda a salvar sua vida),não engorda (bem, se você não for corre o risco de passar nove meses com uma barriga enorme e comendo feito louca) e não gasta muito o seu tempo!!!


*USE CAMISINHA*

terça-feira, 22 de maio de 2007

O Elevado é Bombril

E dizem que o Minhocão, ou Elevado Costa e Silva, é inútil... Blasfêmia! Aquela "coisa" é praticamente um "Bombril", "mil e uma utilidades". Na verdade mil e uma é muito pouco para aquele "negócio". Ele tem no mínimo dois milhões de utilidades.

Aquele "troço" emite uma vista mais deturpada à São Paulo. Contribui para que o bairro seja desvalorizado. Auxilia na poluição auditiva da cidade (os ruídos embaixo do Minhocão vão de 87 a 95 decibéis). Ajuda o número de assaltos aumentar ( o número de pessoas que foram assaltadas no Elevado e que eu conheço dá para montar , no mínimo, um time de futebol). Contribui com o aquecimento global com o número de veículos que passam ali por dia (entre 8h e 9h passam cerca de 3.900 carros, e entre 17h30 e 18h30 o número sobe para 6.000).

Viram só quantas utilidades ele tem? E não para por aí. Só não coloco suas outras 1.999.996 qualidades porque não tenho tempo para isso, caso tivesse , ficaria dois dias seguidos escrevendo e perderia o prazer que eu sinto quando passo pelo Minhocão no trecho que abrange a Consolação.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Meu mundo perfeito seria...

Eu não sei como seria um mundo perfeito para todos. Mas, talvez, meu mundo perfeito não seja diferente do mundo perfeito do que todos imaginam.

Bem, no meu mundo perfeito todos seriam crianças. Os adultos, os idosos... todos seriam crianças! Pois, talvez assim, aqueles mais rancorosos e que não se esquecem do relógio nem por um segundo, começariam a viver aproveitando cada momento com experiências novas, ou até mesmo antigas (mas ainda assim divertidas), como se esse segundo não acabasse nunca.

No meu mundo perfeito não existiria televisão nem jornal, para que as pessoas esquecessem por um só momento as coisas terríveis que acontecem no mundo e começassem a aproveitar o sol, as árvores, o céu, o próximo9 e si mesmas. Também não existiriam revistas, como aquelas que falam sobre moda ou estética corporal, para que todos parassem de olhar o que o outro tem e começassem a repara naquilo que o outro é.

No meu mundo perfeito existiram muitas doenças! isso mesmo: doenças. mas não se espante por favor! Essas doenças seriam contagiosas e teriam nomes: amor, carinho, paz, ternura, felicidade e esperança.

No meu mundo perfeito teria... bem, no meu mundo perfeito teria muito mais coisas além das que eu citei aqui, mas tenho certeza de que todos os meus pensamentos sobre "mundo perfeito" não caberiam neste grande espaço que, ainda assim, é pequeno para as minha idéias, que são muitas e chegam até a parecer infinitas. mas ainda acredito que um dia elas possam ser colocadas em práticas, pois uma delas já se tornou realidade: a doença chamada "esperança".




[ ps.: esse texto que eu coloquei aí, foi um texto meu - é óbvio - publicado no livro, do colégio, "talentos 2005". ]

domingo, 6 de maio de 2007

que a paixão seja infinita enquanto dure


Paixão é diferente de Amor! Cada dia tenho mais certeza disso. Caso Amor e Paixão fossem iguais, eu já teria amado metade dos meninos do meu ex-colégio, 1/3 dos meninos do curso de inglês e 1/4 dos meninos que já conheci. Ou seja, eu amaria quase todo mundo, afinal eu troco de pretendente com a mesma freqüência que troco de roupa.

O que senti por todos esses garotos foi paixão. E paixão daquela bem rápida. Ainda bem que foi rápida. Só me apaixonei por "figuras"... mas prefiro nem comentar!

Amor mesmo é o que sinto por meus pais, amigos, familiares, meus ex-professores, minha vida (ainda que ela me decepcione), meu país (ainda que seja injusto) e Cruzeiro. De resto acredito que seja Paixão. Pois o Amor não é temporário, não tem data de validade e nem hora. Enquanto que a Paixão acaba rápido, num determinado dia e instante.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Você quer qualidade: SiL ou não???

O ser humano é fantástico! Criou coisas super incríveis, como a roda, os talheres e os apelidos. Sim, os apelidos. Que coisa genial. Sinceramente: a-d-o-r-o apelidos. Acho que essa foi uma forma que o ser humano encontrou para fugir dos nomes ridículos que seus pais deram.

Eu, por exemplo, nunca gostei muito do meu nome. Acho ele sem-graça e não acho que ele diz muito sobre mim. Silmara, para quem não sabe,é um nome de origem germânica e significa aquela que é célebre pela vitória. Realmente meu nome não tem sentido, e perde todo sentido quando eu conto o porque do meu nome. Bem, tudo começou quando minha mãe escutou alguém chamando por uma tal Silmara e minha mãe entendeu Lucimara, seu nome. Desde aquele dia ela se encantou com esse nome e decidiu colocarem advinha quem... em mim!

Mas, como eu já disse: felizmente, o homem inventou o apelido. E, devido a essa maravilhosa invenção, várias pessoa me chamam de Sil. Algumas delas nem sabem meu verdadeiro nome. Entretanto não ligo, desde que elas saibam que eu sou a Sil.

domingo, 22 de abril de 2007

O mundo é gostoso

Ontem durante a aula de "comunicação e cultura" o professor (o grande Salinas) disse que todo temos que nos achar gostosos. E não é gostoso em relação ao corpo. É gostoso em relação ao que você sabe fazer de melhor. Concordo com ele! Sim, todos somos gostosos em algo. Ele citou o exemplo de Lázaro Ramos. Ele é um super ator e sabe disso, por isso porta-se como tal. Ele é um dos que com certeza dizem "sim, eu sou gostoso".

Outro exemplo de uma grande atriz que deve dizer "sim, eu sou gostosa" é Leandra Leal. Ela sabe disso, e por isso despreza em seu blog (alicemepersegue.blogger.com.br) a atriz Danielle Winits, comprando-a com Willy Wonka, personagem de "A Fantástica Fábrica de Chocolate" - filme que eu amo.

Outro grande exemplo, mas que não faz parte do meio dos atores, é a banda Oasis. Liam Gallaghe é arrogante e metido porque sabe que gostoso. Ele sabe que Oasis é uma das melhores bandas do mundo e por isso ele deve dizer durante todas as noites, antes de dormir, "yes, I´m hot". E com toda certeza uma banda que está aprendendo a dizer "sim, nós somos gostosos" é a Arctic Monkeys. Os meninos têm apenas 17 ... 18 anos, mas tocam como se tivessem muitos anos de experiência e eles sabem disso. Fisicamente não os acho bonitos, mas musicalmente os caras são gostsos!

E ainda há muitos gostosos! Mas não vou ficar aqui falando sobre a gostosura alheia, pois ficaria aqui até amanhã, já que o mundo é feito de gente gostosa.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

o Mc Donald´s e minha monografia

Adoro quando cineastas usam o fluxo de "consciência nos filmes". Acho esse recurso fabuloso. Ele consegue aproximar o personagem ao ser humano real. Ah, não expliquei o que é fluxo de consciência. Bem, eu uso esse recurso durante todos os dias. Começo a falar de algo "viajo" no assunto, mas no final sempre volto ao ponto de partida.

Por exemplo, quando eu falo sobre o lanche do Mc Donald´s. Não consigo dizer apenas que fui ao fast-food e comi meu lanche. Tenho que deixar claro que fui ao Mc Donald´s, restaurante odiados por naturalistas e vegetarianos e que possui lanches gordurosos, que têm suas carnes extraídas de animais genéticamente modificados, que, aliás, foram o tema da minha monografia no 1º ano do ensino fundamental, que para mim foi uma série fantástica, apesar de eu odiar a classe, que não era nada silenciosa, mas que tinham alunos que, assim como eu, adoravam o Mc Donald´s, lugar onde eu estava para comer um lanche.

Deu para entender? Claro que você entendeu! Você faz isso todos os dias. Seja no metrô - como eu -, no ônibus, no meio daquela aula chata. Não importa onde mas você pratica o fluxo de consciência, sim. Um exemplo de filme onde isso acontece é "O homem que copiava" (dica do Salinas). Acho que também ocorre algo parecido em a "A Janela Secreta", com Jonny Deep (é assim que escreve o nome dele?) , mas neste filme não tenho certeza pois já faz um bom tempo que eu assisti-o. De qualquer forma não custa nada verificar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Piuiiiiiiiiiiiii...tique-taque... tique-taque...

Quando somos crianças temos sonhos bizarros. Grande parte dos garotos queriam viajar de caminhão pelo Brasil inteiro. Garotas queriam ser socorridas por príncipes encantados. Mas eu era diferentes! Meu sonho era poder dirigir um trêm. Não era qualquer trêm. Tinha que ser o trêm da trans metrô, também conhecido como metrô.
Vivia imaginando como deveria ser ótima a sensação de correr entre os túneis, transportar pessoas e mexer naqueles botões. Achava fantástico a profissão do maquinista. Eu queria ser maquinista por um dia. Imaginem que máximo!
Mas um dia meu sonho acabou. Papai Noel não apareceu. Coelhinho da Páscoa não bota ovos - sim, eu achava que coelhos botavam ovos até meus cinco anos de vida, até descobrir que mamíferos não botam ovos. E o Bozo foi assassinado - ainda não descobriram quem matou o Bozo!
O que aconteceu foi que eu cresci, entrei na faculdade e peguei o "metrô" lotado. E desde então tenho trauma, alergia e frescurite de trêm. E sempre vai ser assim: o sonho acaba quando encaramos os fatos!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Boys don´t cry

Eles usam franja lambida caída para o lado, choram, fazem cara de depressivos, não conseguem esconder seus sentimentos e o mundo é cruel demais para eles. Sim, esses são os emos. Jovenzinhos que são descriminados por serem isso que são.
Não direi que eu adoro eles, porque não os adoro. Mas como nunca um emo me fez mal algum, por isso não os pulverizarei. Eles não merecem isso! Alias, nem um ser humano merece isso. Todos são diferentes, possuem características e personalidades diferentes. Todos aprendem, desde pequenos, que preconceito é uma coisa horrível. Eu sei que mesmo assim somos preconceituosos com algo, mas fingimos não sermos e escondemos nossos preconceito embaixo do tapete. E vivemos deste modo falso.
Mas com os emos acontece diferente. A aversão a eles é muito nítida. Exemplo disso acontece na "galeria do rock" - magnífica e maravilhosa galeria do rock -, onde emos são expulsos da vitrines das lojas, humilhados por todos freqüentadores dali e, com freqüência, apanham de alguém. A situação ficou tão insustentável, que emos entraram em extinção na "galeria".
Se perguntassem a cada um desses que já fizeram algum tipo de mal aos emos, o que os emos fizeram de mal a eles, com certeza estes não saberiam a resposta ou dariam uma resposta não muito coerente. E no final isso tudo me levaria a crer que a aversão aos emos não passou de modismo!

"eu aumento, mas não invento"

Desde sexta-feira da semana passada, quando passou no "jornal hoje" uma matéria sobre "fofoca", estive pensando muito sobre ela. É um assunto muito sério. Fofoca é algo que todos gostam. Eu também a-d-o-r-o uma fofoca! Mas como eu já disse: fofoca é um assunto muito sério. Tão sério que pode levar uma pessoa a cadeia. Mas mesmo assim todos continuam fofocando, porque fofocar é bom e ajuda o tempo passar melhor. Fofoca só não é bom, quando o alvo da fofoca somos nós.
Sim, eu sei bem disso. Ano passado fui vítima de uma fofoca. Até hoje não sei qual foi a proporção que ela tomou. Mas a quantidade de pessoas que eu sei que deram ouvidos a tal fofoca me espantou. O pior não foi apenas ter sido vítima de uma fofoca, mas ter sido vítima de uma fofoca mentirosa!
Eu lembro como a história começou! Era uma segunda-feira, a escola estava vazia. Ninguém do meu habitual grupo de sala tinha aparecido naquele dia. Então, para não sentar sozinha, sentei com outro grupo - deixando bem claro que todos desse grupo eram e são meus amigos. Bem, conversa vai, conversa vem. Até que surgiu uma pergunta - que eu não direi qual foi - e para descontrair, já que ela - a pergunta - deixou sem-graça eu e a outra pessoa envolvida, preferi responder com sarcasmo. Eu disse que só gostava de "caras" que tenham carro! A pessoa que fez a pergunta e a pessoa envolvida na pergunta se entreolharam sem perceber que eu respondi aquilo brincando. Preferi não me desmentir para que as perguntas parassem por ali. Até que num dia de raiva e descontrole a outra pessoa envolvida disse para quem quisesse ouvir que eu era "maria-gasolina". Desde esse episódio, vários acharam que aquilo era verdade, e também me julgaram como interesseira. E a partir daí, já não sei que rumo essa história teve, também não sei quem me acha interesseira.
O episódio me deixou muito triste! Mas como tudo passa... Depois de chorar calada durante uma semana, superei o caso e estou ótima. E para quem ainda me acha que aquilo é verdade, só tenho uma coisa a dizer: MARIA-GASOLINA É A MÃE!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Sobre adjetivos, superlativos e metáforas

Estou lendo " A arte de fazer um jornal diário" de Ricardo Noblat. Grande Noblat! Esse livro é, praticamente, a bíbila do futuro jornalista - e do antigo jornalista. Acho que todos deveriam ler esse livro, mesmo aqueles que não tem o menor interesse em saber como funciona um jornal. Ele abre a mente das pessoas, deixam-nas mais críticas e atentas à futilidades e absurdos.
Eu tenho aprendido muito com esse livro. Também tenho me tornado mais rígida com meu "singelo" blog e blogs alheios, sobretudo aos blogs de "falsos grandes escritores". Bem, falsos grandes escritores são esses que usam e abusam de adjetivações, superlativos e matáforas que só confundem os leitores. Eu sei: metáforas, superlativos e adjetivações deixam o textos mais bonitos. Mas sinceramente eu não entendo uma só palavra do que o autor pretendia dizer com tais recursos da língua portuguesa. Se ele pretendia deixar o texto bonito, direi: " parabéns, belo texto". Mas se ele transmitir alguma mensagem, direi com toda convicção: " pare de escrever e vá ler 'Noblat' ".
A única coisa que eu tenho a dizer sobre isso -talvez um conselho - é que texto bom é texto que você entende. Se você não o compreende, não significa que você seja um inútil, mas que o escritor - talvez - não seja um bom escritor. E se você acha que isso tudo que eu escrevi parece dica de "tia-velha", então leia "Noblat"

domingo, 18 de março de 2007

"Viva... viva... viva A VIDA!!!"

A vida só é - realmente - vivida quando se faz coisas erradas. Que graça a vida teria se todos fizessem as coisas do jeito que elas deveriam ser feitas. Se tudo seguisse as normas, não existiriam vidas, mas sim um bando de robô, no meu modo de vista a "homem massa".
Não sabe o que é homem massa? Nem deveria. Isso é coisa de quem estuda comunicação. Mas mesmo assim eu tentarei explicar de uma forma mais singela do que a aquela que foi explicada para mim. Homem massa é aquele que perde autonomia devido ao fato de que hoje o homem vive do "ter" e não do "ser". Ele vive de acordo com o que é imposto a ele. Ou seja, é como se ele vivesse de acordo com a moda. No modo Silmara de ver o mundo, isso significa que ele vive de acordo com as regras. Se a regra é a moda, ele vai viver de acordo com a moda. Ou seja ele não vai usar tenis, ele vai usar NIKE. E assim vai.
Mas como eu já disse isso não é vida. Fuja das regras! Fuja dos padrões! Se usar roupa combinando é bonito porque é regra, então se vista feito doido e seja estiloso!

domingo, 11 de março de 2007

E viva a Giovana!

Todo mundo tem uma causa. E eu não sou diferente de todo mundo: eu tenho a minha causa também! Acredito que "há males que vêm para o bem"! E a cada dia da minha vida, vejo como a minha causa se torna mais concreta.
Hoje eu percebi que ela intensificou-se muito mais. Agora há pouco eu fui na casa da Bia, minha prima de apenas 15 anos. Apesar da pouca idade, ela já é mãe. E mãe de uma bebezinha linda: a Giovana. Eu lembro do dia em que fiquei sabendo de sua gravidez. Eu tinha acabado de voltar de Floripa, estava super tranquila, quando minha mãe me contou. Na hora eu pensei "meu, a Bia é só uma garota; o que ela tem na cabeça".
Na hora foi difícil de aceitar, porque a a Bia além de ser a mais nova do "quarteto fantástico" - formado pelas quatro primeiras netas de minha : eu, Erika, Nanda e, claro, Bia -, era como se fosse minha irmã. Está certo que eu sempre soube que entre nós quatro, ela seria a primeira a casar e ter filhos; só não achava que seria tão cedo. Pois, apesar de ela ter sido criada como se tivesse nossa idade, ela não tinha muita responsabilidade - não que eu tivesse. De acordo com línguas alheias ela era completamente "sem noção". Era a completa Joselita.
Mas como eu disse: há males que vêm para o bem. E a gravidez da Bia veio para o bem. Na verdade, a gravidez da Bia não foi um mal, e sim "um bem, que veio para um bem maior ainda". E hoje, quando eu olho para a Bia, percebo que ela é muito mais mulher do que o o resto do "quarteto". Ela tornou-se super responsável. E está sendo uma mãe excelente. E eu tenho certeza de que a Giovana vai ter todo o amor e carinho do mundo - não só de sua mãe, mas de sua prima-babona, no caso: eu!

sábado, 10 de março de 2007

O caso Cinderela

Entre mim e o príncipe da Cinderela não existem muitas diferenças. Na verdade, a única diferença que existe é que ele pertence ao sexo masculino e eu ao feminino. Mas nós somos bem parecidos.
Ele foi em todas as casa do reino, buscando o pé que se encaixasse no "sapatinho de cristal". E eu faço o mesmo. Enquanto eu não encontrar o meu alguém ideal, vou continuar buscando de casa em casa, de balada em balada, de esquina em esquina. Não importa quanto tempo demore, mas eu vou encontrar.
Se bem que as vezes acho que já posso ter encontrado e nem ter me dado conta disso. Mas isso é uma coisa que só o tempo poderá dizer. Eu sei que são palavras profundas e, como diria Débora de "o diário de Débora", brega.Mas essas palavras não expressam nada mais que a verdade! E verdade é verdade.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Respeitável público, o circo paulista tem o maior prazer em apresentar...

A vinda do Bush é a coisa mais engraçada que aconteceu em São Paulo nos últimos tempos. Coisa engraçadíssima! Mais comédia do que a última pérola do presidente brasileiro, que eu já nem me lembro qual foi. Super palhaçada! A segurança do estado de São Paulo nunca foi tão bem utilizada.
É só vir para São Paulo o presidente dos Estados Unidos da América - ou, como diria Borat, "US and A "-, que todas as forças militares são acionadas para garantir sua segurança. E como se isso já não fosse o suficiente, acionam atiradores de elite. E agora sim: O GRANDE CIRCO ESTÁ ARMADO!
Essa segurança toda só acontece em dias de circo mesmo. De segunda à segunda, paulistas são assaltados, sequestrados e, para garantir que São Paulo é tão violento quanto o Rio, também tornaram-se vítimas de tiroteios. Mas isso nunca foi o bastante para reforçarem as forças militares, ou mudarem as táticas de proteção. Precisavam mais do que isso. Precisavam que um ser cruel que mata por combustível viesse ao nosso estado.

domingo, 4 de março de 2007

Como fazer um frango crescer direito

Já reparou como as "coisa" mudam rápido? E que, conforme o processo evolutório, as "coisas" tendem a diminuir ? Pois é, se você não tinha percebido, eu estou te alertando agora: as coisas diminuem quanto mais evoluídas são.
O computador, por exemplo, era um objeto enorme. E hoje você pode carregá-lo na carteira. E assim aconteceu com as demais coisas. A vitrola evoluiu - e diminuiu -, e virou mp3. A televisão diminuiu e entrou no celular, que é uma evolução do telefone. O forno à lenha evoluiu, virou forno à gás, que diminuiu e virou forno elétrico, e que de tão pequeno que ficou me fez escrever isto.
Bem, aconteceu que hoje eu fui comprar um forno elétrico. E na loja havia vários exemplos de forno. Uns grandes, outros pequenos... e outro minúsculo. Ele deveria ter 15cm de altura e 30cm de largura. de tanto que ele evoluiu, ficou minúsculo que até parecia um forninho de cozinha de criança.
Legal: o forno evoluiu e ficou com 15cm de altura. Mas ainda ninguém disse aos frangos (que, futuramente, serão assados) que eles não devem ter mais do que 15cm de altura e 30cm de largura. Por isso cheguei à conclusão de que ou devemos parar de evoluir e de diminuir, ou ensinar aos frangos como crescer direito.

sábado, 3 de março de 2007

título?... esqueci!

O "branco" na cabeça me irrita. E não me irrita pouco, não! Quando esse vazio aparece dá uma "vontadezinha" de fazer o mundo acabar em dois segundos - ou pelo menos fazê-lo parar de girar enquanto o branco não passa.
O ruim mesmo não é apenas o fato desse "branco"- esse vazio horrível - existir. Ruim mesmo é quando tem alguma prova escolar, ou coisa com o mesmo nível de importância, e o "branco" resolve aparecer. Nesse momento acontece uma guerra entre você e sua mente. Uma série de rituais acontecem, como chacoalhar os braços, morder a língua, dizer "eu sei isso...tá na ponta da língua", chutar a cadeira da frente, etc... etc
E se você achou que esse ritual tortuoso é a pior parte, pode ter certeza de que você está enganado. O pior mesmo é depois disso tudo, você continuar com o branco na cabeça. E é com esse branco que eu tenho convivido ultimamente.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Não estou conseguindo viver

O ser humano não consegue viver quando sente que não está inserido em algum grupo. Pelo menos eu não consigo viver em um lugar onde não encontro aqueles que não parecem ser como eu. E isso tem acontecido na faculdade. Eu conheci bastante gente legal, mas até agora não encontrei o meu grupo. Não que eu seja rígida com as minhas amizades, mas eu só quero encontrar o meu grupo!
Na escola, por exemplo, eu tinha o meu grupinho que fazia parte de um grupão. Todos nós éramos diferentes e parecidos. Cada um tinha um estilo diferente, mas no fundo tínhamos algo em comum (algo que eu não sei explicar). No meu grupinho, apesar de todas se vestirem de maneiras diferentes, éramos muito parecidas. Gostávamos das mesmas músicas, dos mesmos assuntos. Já no grupo grandão - no grupo que o grupinho estava inserido - eu não sei exatamente o que nos unia, mas eu sei o motivo de ele ser fragmentado : a sala de aula não era grande o suficiente para caber todo mundo no mesmo espaço. Eu acho que eram as nossas diferenças de estilos e personalidade o motivo da nossa união. O fato é que eu sempre gostei daquele grupo e sempre me orgulhei de fazer parte dele. Tenho muita saudade daquele grupo. Tenho certeza que vai ser difícil encontrar um grupo parecido - parecido, porque igual jamais existirá - com aquele na faculdade.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

"Arrasa Bi"

Adoro comentar sobre a primeira vez que fiz uma coisa muito diferente das que eu costumo fazer. Primeira vez que andei de ônibus; a primeira vez que quase morri atropelada; a primeira vez que um cachorro me mordeu; a primeira vez que eu fui pra escola; a primeira vez que eu andei de metrô sozinha. Só não gosto de comentar o primeiro beijo porque eu era muito nova e aquilo foi horrível.
E como não poderia deixar de lado: adoro comentar sobre o primeiro dia de aula na faculdade. Na verdade eu ainda não tive o meu primeiro dia de aula. Mas eu fico imaginando como ele vai ser. Isso também aconteceu quando eu ia começar a primeira série e o primeiro colegial. Foram coisas muito estranhas. Eu idealizava tanto como seria o primeiro dia, que quando chegava o dia eu sentia dor na barriga, suava frio, tinha tontura.
Mas esses sintomas não são exclusivos de primeiro dia de aula. Tudo que eu fiz - e faço - pela primeira vez, aconteceu depois de eu ter meus tremeliques, chiliques e tudo o que é terminado em "iques".
E hoje não está sendo muito diferente. Meus dias de universitária começam amanhã e eu estou tão ansiosa quanto estive para começar a primeira série e usar aquele uniforme azul e vermelho. A diferença é que agora já não tem mais uniforme.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

"Não me leve a mal, mas hoje é carnaval..."

Ah, o Carnaval! Como eu adoro o Carnaval. Aquelas marchinhas me animam. Os carros alegóricos das escolas de samba me encantam. Ivete, Daniela Mercury e "babado novo" me fazem dançar. "Amo muito tudo isso"! Mas nem sempre foi assim. Quando eu era criança, detestava samba, era intolerante aos ensaios das escolas de sambas e achava ridículo um bando de "gente grande" fantasiados como as crianças de minha escola. Quando eu estava com os meus 12 anos, não era muito diferente. Samba, marchinhas ou qualquer coisa diferente de rock e guitarras era uma coisa horrível. Carnaval só seria legal no dia que colocassem uma banda de hard rock ou metal para tocar na Marquês de Sapucaí.
Felizmente, um dia tudo muda. Percebi que o rock poderia ir muito além do bate-cabeça. Isso aconteceu no dia que ouvi "strokes" cantando "12:51". Pensei: "caramba, meu; é rock, é bom e dá vontade de dançar". E desde então fui percebendo que eu não devo julgar a música de Bob Marley apenas por sua aparência nada convencional. Também não devo julgar as músicas de Caetano Veloso só porque eu não o acho simpático. E com o tempo aprendi que Seu Jorge não é o Mané Galinha, e que Beatles é demais.
E desde então fui aceitando novas idéias, novos pensamentos, novas filosofias. Deixei-me aberta às novas sensações. E vi que com tudo isso eu fui evoluindo para melhor. Descobri que quem fica apegado a uma só idéia não evolui - nem regride -, sempre fica parado no mesmo lugar. E desde então posso dizer: como eu adoro o Carnaval.

SiL

sábado, 10 de fevereiro de 2007

A (minha) grande família

Todo mundo já nasce numa família. Infelizmente não podemos escolher quem faz parte dela ou, até mesmo, quem nunca deveria ter entrado nela. Mas tem uma outra família que a gente pode escolher. Ela começa a ser formada desde o momento que somos inseridos na sociedade. Começa lá no maternal, quando nos simpatizamos com a criança do lado e começamos a chamá-la de "amigo".
E aí surge uma nova família! O engraçado é que ela funciona como a nossa família convencional, pois conseguimos amar aquele parente distante, que não vemos há muito tempo, com a mesma intensidade que amamos aqueles parentes que sempre estão próximos. Não sei explicar muito bem isso, mas eu amo meus amigos de infância do mesmo modo que amo meus amigos atuais.
Talvez a única coisa que difere essas duas famílias é o modo como as pessoas deixam de fazer parte delas. Só se deixa a família convencional quando passamos para o outro lado - seja ele bom ou ruim. Já na família que construímos por laços de amizade, uma pessoa só deixa de fazer parte dela quando ela já não é mais tão amiga; quando a pessoa em questão deixa de ser confiável. E se esse ato de fazer a pessoa sair da família de amigos fosse chamado de "morte", eu diria que, desde que construi minha família, apenas uma pessoa morreu!!!

Primeiro o um, depois o outro...

Estive pensando em quantas vezes já fiquei apaixonada, mas cheguei a conclusão de que é impossível saber de quantos garotos eu gostei. É um número enorme. Isso ocorre devido ao fato de que eu mudo de pretendente com a mesma freqüência com que troco de roupa!
Sério, sempre foi assim. Desde a primeira série. Eu ficava apaixonada pelo menino da frente durante uns dois meses, e depois descobria que menininho do lado era mais interessante. E assim fui vivendo. A única vez, que eu acho, que eu gostei de um menino por muito tempo, foi entre a sétima e oitava série. O mais engraçado é que hoje ele é um super-amigo meu e nunca soube que alguma vez na vida eu amava ele.
Ano passado não foi diferente. Eu gostei do um, depois do outro, depois gostei novamente do um, depois gostei de outro que não estava na história, depois gostei do um, e novamente do outro. Foi quando acabou o ano, e começou esse e eu descobri que já não gosto mais de ninguém. E na falta de me apaixonar, resolvi comentá-la.
SiL

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Não misturem minhas revistas

Quando eu fazia curso de inglês eu não gostava muito da dona daquela escola - deixando bem claro que dela como pessoa eu sempre gostei, o que eu não gostava era dela como dona da escola. Ela nunca teve pena de dar chamar a atenção de seus funcionários na frente dos alunos. Seus ex-funcionários odeiam-na!
Eu sempre achei um absurdo a relação que ela tinha, e ainda tem, com seus funcionários. Eu pensava :"minha nossa senhora", para que tanta rigidez? Mas hoje eu até a compreendo. Isso não é só uma característica - e, porventura, defeito - dela. Todos nós somos rígidos com algo. Seja em que área for, todos nós somos rígidos!
Eu mesma sou rígida com a organização de papéis. Fico com muita raiva quando misturam minhas provas com folhas de rascunho.Também fico "p" da vida quando invertem a ordem das minhas "Caprichos" (quando colocam a de dezembro por cima da de agosto), ou quando misturam minhas "Caprichos" com as minhas revistas que têm "Green Day" na capa.
E assim como eu sou rígida com certas coisas que podem não ser tão importantes para você , você também é rígido com coisas que não são importantes para mim. Por isso, funcionários e ex-funcionários da dona daquela escola de inglês, não fiquem irritados porque no fundo você é igualzinho a ela.
SiL

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

O padeiro não nasceu "expert"

Não nascemos "experts" em nada! Foi a essa conclusão que cheguei depois de quase desistir da vida. Quase desisti da vida de verdade, principalmente depois de ter lido colunas e crônicas de meus escritores favoritos e outros nem tão favoritos. A maneira como eles tratam seus textos é tão incrível. Eles desenvolvem seus textos como se fosse o ato mais normal do mundo, tão normal quanto tomar banho. E isso é algo que me incomodava até há umas horas atrás.
Não era exatamente o fato de eles escreverem com facilidade o que me incomodava. O que me causava incômodo era pensar que eles já nasceram escrevendo magnificamente "bem". Mas depois de pensar muito, quase chorar, desistir de estudar jornalismo e olhar as pessoas à minha volta, fui perceber que ninguém nasceu sabendo nada. As habilidades do ser humano vão se desenvolvendo de acordo com o passar da vida. Assim como o melhor padeiro do mundo - que, para mim, é o padeiro da esquina da minha casa - não nasceu sabendo fazer seus maravilhosos pães, Walcyr Carrasco e Millôr não nasceram sabendo fazer textos fantásticos. Seus textos são resultados de suas experiências de vida.

SiL

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Pelada, careca e sem dente

Todas as pessoas vieram ao mundo com um propósito: ou vieram à trabalho, ou vieram à passeio, ou vieram para descançar. Isso fica mais visível quando estamos na escola, principalmente durante a época de preparação para o vestibular.
Na minha sala tinha pessoas realmente esforçadas, que estudavam muito. Passavam dia e noite pensando no vestibular, dizendo que o vestibular era a vida delas. Essas são as que vieram à trabalho.
Também tinham as que dormiam na sala de aula. Se aparecessem na escola corria o risco de chover o dia todo de tamanho milagre que eram as suas presença ali. O final de semana elas já nem lembravam de seus respectivos nomes, menos ainda do vestibular. Nem preciso dizer que elas vieram à passeio.
Mas tinha um outro grupo de pessoas. Passar no vestibular, ou não passar no vestibular, não fazia a diferença para as pessoas desse grupo. Se chover ou fazer sol está bom do mesmo jeito, já que eles são sussegados. E foi nesse grupo que eu me encontrei. Desde que eu nasci sabia que fazia parte do grupo que leva como filosofia de vida : "nasci pelada, careca e sem dente, o que vier é lucro".

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Ele mata em nome de Alá e eu chupo sorvete

Desde o último ataque de homem-bomba relatado no noticiáriodurante essa semana, eu venho pensandosobre o sentido do "absurdo". É que naquele dia eu escutei a seguinte frase: "que 'absurdo' dizer que o homem se matou em nome de Deus".
Para qualquer cristão isto é um absurdo. Mas me diz o que é realmente absurdo? De acordo com o dicionário "Melhoramentos", absurdo significacontrário e opostoa à razão, ao bom senso. Traduzindo: absurdo é aquilo que é contrário e oposto à NOSSA razão, ao NOSSO bom senso.
Eu só percebi isso quando eu lembrei de quando eu tinha 11 anos e disse ao meu pai que eu não acreditava em Deus. Ele achou aquilo inadimissível, um absurdo. Falou que eu estava dizendo besteira. Mas para mim o fato de eu não acreditar em Deus é tão normal como chupar sorvete no verão.
Ou seja, o seu absurdo pode ser algo normal para mim, comovice-versa. Assim como para o cristão é um absurdo matar e morrer em nome de Alá, para o islâmico é um absurdo andar na praia usando biquini. E assim vai!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Até a Gisele tem

Eu tenho. Você tem. Eles e elas têm. Todos nós temos! E acredite se quiser, mas eu não me refiro às olheras ou às estrias; estou me refirindo aos "maus hábitos". Eu sei que é difícil admitir, mas eu e vocês temos maus hábitos. Caso isso te aborreça, eu tenho um consolo ótimo para você: socialites, modelos como Gisele Bündchen e a mais sofisiticada das professoras de etiqueta também têm.
Por isso não fique tão sem-graça, afinal ter maus hábitos é mais comum do que ter Silva no nome. Eu, por exemplo, tenho muitos maus hábitos. Eu tenho o mau hábito de acordar mal-humorada, de não ser simpática em tempo integral, de reparar no que as pessoas vestem, de falar alto algumas vezes, de não responder aos scraps que me mandam, de não fechar a porta do meu guarda-roupa (coisa que incomoda minha mãe), de dormir tarde... etc... etc... etc
Eu deveria me envergonhar disso, né? Mas não me envergonho, pois a cada dia que passa eu tento corrigir um dos meus maus hábitos. Hoje, por exemplo, já respondi todos os meus scraps e acordei bem-humorada. Tente fazer isso você também! Eu sei que nunca conseguiremos corrigir todos os nossos maus hábitos, mas corrigir alguns deles faz de nós pessoas melhores e de hábitos agradáveis

Sil

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Eu, Cazuza, Evita e o "chato".

Eu acredito que todo mundo deve ter algum tipo de PROTEÇÃO; e eu não estou falando de protetor solar, não. Eu me refiro a uma proteção de outro mundo, como se fosse um anjo da guarda, um espírito mentor (de acordo com o espiritismo). Eu acredito que eu devo ter três anjos: dois bons e um chato ( e até um pouco perverso porque fica me dizendo coisas difíceis de serem executadas) .
O meu primeiro anjo bom me diz que eu tenho que viver a vida "adoidada", vivendo cada momento como se fosse o último (ou o primeiro), me fala para fazer tudo o que me der na cabeça.
Já o segundo me diz que eu tenho que lutar para alcançar meus objetivos, não importando o número de pessoa que eu vou ter que passar por cima até eu chegar onde eu quero. Mas quando eu chegar lá, eu devo ajudar o meu semelhante.
Se esses meus dois anjos fossem uma personalidade famosa, diria que o primeiro seria Cazuza e o segundo seria Evita Peron - mãe dos descamisados. Tudo o que eu faço é inspirado neles. Quando eu não sei o que fazer em determinada situação, eu penso: " o que Evita e Cazuza fariam?"
Bem, agora vamos ao meu anjo chato! Ele me diz que eu devo ser educada em tempo integral, que eu devo amar ao próximo como a mim mesmo, que eu devo ser estudiosa... etc... etc... etc... Deu para entender porque eu acho ele um chato? Que ser humano consegue cumprir isso? Mas mesmo assim eu gosto dele da mesma forma que eu gosto dos meus outros protetores.

Sil

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Primeira postagem

Bem, vamos à primeira postagem! Eu sempre acho que a primeira postagem é a mais difícil, porque quando não se tem, ainda, uma certa intimidade com algo (como nesse caso o meu blog) é difícil começar dizendo coisas sobre como foi o meu dia, como eu me sinto hoje ou até mesmo sobre os big brothers. Mas com o tempo eu consigo ficar íntima do blog, eu até vou digitar umas certas merdas que faço. Pois blog é igual a amizade (pelo menos no meu modo de ver as coisa)! Por que? Oras, por acaso você ,quando conhece alguém, fica contando seus segredos ou suas idéias fúteis? Eu sei que no futuro ela pode tornar-se uma grande amiga sua, mas naquele momento ela não passa de mais uma desconhecida. Ou seja o que eu vou escrever aqui vai apenas ficar descontraído com o passar do tempo. Eu não ligo se uma , duas ou cem pessoas vão ter acesso às coisas que eu escrevo aqui, pois a minha capacidade de evoluir nos assuntos vai ser com a mesma frequência!

SiL